Retorno ao trabalho de trabalhadores de enfermagem após diagnóstico e tratamento de câncer
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18305 |
Resumo: | Neoplasias malignas ou câncer são tópicos cada vez mais importantes para o sistema de saúde, especialmente para a saúde ocupacional. Com o advento das tecnologias de diagnóstico precoce, bem como dos protocolos terapêuticos, estes permitiram um aumento considerável na taxa de sobrevivência das pessoas afetadas por essas enfermidades. Portanto, no que diz respeito aos trabalhadores de enfermagem, é importante pensar no retorno desses profissionais e realizar estratégias para recebê-los adequadamente. Assim, o principal objetivo do presente estudo é investigar os fatores facilitadores e dificultadores para a manutenção das atividades laborais e o retorno ao trabalho após o protocolo terapêutico do câncer em trabalhadores de enfermagem. Em seguida, foram estipulados os seguintes objetivos específicos: Descrever o perfil socioeconômico, clínico e laboral dos trabalhadores de enfermagem diagnosticados e submetidos ao tratamento oncológico; identificar fatores facilitadores e dificultadores do retorno ao trabalho relatados por esses trabalhadores; avaliar a situação de trabalho usando indicadores de capacidade, fadiga e qualidade de vida. O presente estudo é de natureza descritiva, transversal e quantitativa e foi realizado com trabalhadores de enfermagem de dois hospitais públicos localizados na cidade do Rio de Janeiro. Os profissionais elegíveis foram trabalhadores de enfermagem diagnosticados e submetidos a tratamento de câncer há pelo menos dois anos. Foram utilizados, como técnicas de coleta de dados, um formulário para levantamento sociodemográfico, o instrumento Índice para Capacidade de Trabalho (ICT) e o questionário Functional Assessmentof Chronic Illness Therapy – General (FACIT-G). Posteriormente, os dados foram agrupados e categorizados no software Excel, versão 13 e analisados pelo softwareStatisticalPackages Social Science (SPSS), versão 20.0. Participaram do estudo 11 indivíduos, sendo a maioria técnicos de enfermagem (54,6%), do sexo feminino (81,9%), entre 51 e 60 anos (63,6%). A dor foi o principal obstáculo ao retorno ao trabalho (81,9%). O apoio de chefes e colegas de trabalho (100%) e também de familiares (54,6%) foram os principais fatores facilitadores. A avaliação pessoal com excelente capacidade para o trabalho (45,5%) foi demonstrada pelo ICT, e uma melhor qualidade de vida (54,6%) medida pelo FACIT-G, confirma que (72,7%) dos trabalhadores retornam às atividades de trabalho após a alta médica. Portanto, os sinais e sintomas mais comumente relacionados ao tratamento dificultam o desempenho profissional. Por outro lado, apoio familiar, colegas de trabalho e gerência e adequação da atividade laboral são apresentados como facilitadores. Os participantes apresentaram melhor capacidade para o trabalho demonstrado pelo ICT e melhor qualidade de vida medida pelo FACIT-G, confirmando condições adequadas para retornar às suas atividades laborais após a alta. Os resultados contribuem para uma visão diferenciada do setor de saúde dos trabalhadores, identificando fatores que contribuem para o retorno dos trabalhadores, conhecendo os fatores que dificultam o retorno dos trabalhadores ao trabalho. Embora não haja manejo sobre os fatores fisiológicos que impedem o retorno ao trabalho, é possível criar mecanismos para o manejo de fatores externos. |