O uso de preservativos e a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis entre jovens universitários
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18001 |
Resumo: | Esse estudo é integrado à pesquisa “Sexualidade e vulnerabilidade dos jovens em tempos de Infecções Sexualmente Transmissíveis”, e tem como objetivo geral analisar o uso do preservativo pelos jovens universitários na perspectiva da prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). E como objetivos específicos: descrever as condutas sexuais dos jovens universitários e o uso do preservativo em seus relacionamentos e compreender os aspectos motivacionais que favorecem (ou não) o uso do preservativo pelos universitários de ambos os sexos. Pesquisa descritiva, qualitativa, desenvolvida em uma universidade privada situada no município do Rio de Janeiro. Foram participantes do estudo 30 jovens, sendo 15 mulheres e 15 homens, na faixa etária de 18 a 29 anos. A coleta de dados ocorreu em três encontros com os universitários, ocasião em que foi aplicada a técnica do Grupo Focal. Para analisar os dados capturados nos grupos focais foi empregada a técnica de análise lexical com o auxílio do software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ), que auxiliou no processo de organização dos dados. Na análise dos achados emergiram cinco classes: o uso de álcool como determinante de comportamento de risco para IST; risco de contrair IST pela multiplicidade de parcerias sexuais; o uso inadequado de preservativo associado ao risco de contrair IST; experiência de jovens que convivem com pessoas acometidas por IST e pouca informação sobre a prevenção de IST e o uso de preservativo. Os resultados denotam que os jovens, em suas práticas sexuais, preocupam-se mais com a ocorrência de uma gravidez não planejada. Acreditam que ao empregar a pílula como método contraceptivo é desnecessário utilizar o preservativo. A desinformação e inconsequência de suas atitudes pode torná-los vulneráveis para adquirir IST. Em suas descrições, deixaram transparecer a assunção de risco pelo uso abusivo de álcool e/ou drogas, a multiplicidade de parcerias sexuais e o uso descontinuado do preservativo que os expõe às IST. Conclui-se que o uso descontinuado (ou não uso) do preservativo pelos jovens universitários favorece a disseminação das IST, sendo um problema de saúde pública. A assunção de comportamentos de risco pelos jovens denota vulnerabilidade nos âmbitos individual e social. A universidade, entendida como um espaço de construção e reconstrução de saberes (e valores), concentra uma pluralidade de pessoas que compartilham hábitos de vida distintos. Algumas dessas práticas podem comprometer a saúde dos universitários, como uso/abuso de álcool e outras drogas. Espaços para estimular a reflexão dos universitários sobre a importância dos cuidados com a saúde sexual, que pudessem instrumentalizar os jovens para vivenciar a sexualidade de modo saudável, reduzindo a exposição às IST, à gravidez indesejável e a outros riscos poderiam contribuir para a redução de agravos para a saúde desse grupo. |