Narrativa autobiográfica: Inscrevendo minha(s) identidade(s) no currículo
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10294 |
Resumo: | Os estudos para a realização desta tese estão contextualizados no campo epistemológico do currículo e pretenderam problematizar questões relativas a gênero e sexualidade no contexto da prática curricular. Através da escrita autobiográfica, inspirada pelo método currere de William Pinar, apresento as minhas vivências no cotidiano escolar, incluindo duas pesquisas que realizei em escolas do Ensino Fundamental da rede municipal do Rio de Janeiro, procurando refletir sobre os sujeitos rompentes da heteronormatividade, os discursos produzidos sobre eles e, através dessa perspectiva, questionar a naturalização da violência, da discriminação e da homofobia em relação aos sujeitos da diferença. Nesta tese questiono as identidades fixadas, exatamente por olhar para mim mesmo e me perceber um sujeito fragmentado, com múltiplas possibilidades identitárias. Portanto, defendo um currículo que legitime a diversidade e respeite as diferenças. Atento à proposição do método currere abordo os momentos regressivo, progressivo, analítico e sintético. As análises revelam que as produções discursivas de professoras/es, gestoras/es e alunas/os sobre os sujeitos que rompem com aquilo que se instituiu como a normatividade de gênero estão carregadas de significações culturais em disputa, sendo, portanto, instáveis e ambíguas. O silenciamento também é considerado neste texto como um elemento das produções homofóbicas. Auxiliaram nestas análises os estudos culturais, a teoria do discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, as práticas curriculares que atuam no campo do combate à homofobia na escola, os estudos que consideram as identidades como um processo de constante fluidez e as análises de Elizabeth Macedo, que entende o currículo como espaço-tempo de fronteira e enunciação de sentidos. Essa reflexão foi aprofundada a partir dos estudos queer em interlocução com o campo do currículo. Eu me incluo na cena da escritura deste estudo e com isso pretendi demonstrar que as diferenças de gênero e sexualidade não devem ficar limitadas a esquemas binários operados a partir de oposições dicotômicas fixas. Os sentidos produzidos a partir das diferenças devem ser entendidos enquanto movimentos provisórios de identificação e, por entender que há uma necessidade de ampliar estudos no que concerne às questões de gênero e sexualidade no currículo, aponto para a importância de concebermos a construção identitária como um processo cultural em constate hibridização, que desconstrói rótulos, portanto combate a homofobia |