Regiões jornalísticas: uma abordagem locacional e econômica da mídia do interior fluminense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Deolindo, Jacqueline da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8857
Resumo: Esta tese tem como objetivo apresentar o mapeamento da mídia do interior fluminense e o resultado da abordagem estrutura-conduta-desempenho que realizamos dos jornais diários e sites de notícias do interior do Estado do Rio de Janeiro. O trabalho de pesquisa foi motivado pela seguinte questão-problema: como se estruturam as firmas que produzem notícias e informação de proximidade em cidades pequenas e médias fora da região metropolitana e por que estão onde estão? Para fazer esta investigação, assumimos esses meios como firmas e o jornalismo como uma das principais indústrias culturais, dotadas que são de uma espacialidade toda particular. Recorremos à geografia urbana e à economia industrial para compor um referencial teórico e metodológico em diálogo com os estudos de mídia e jornalismo regional e aplicamos questionários estruturados a gestores de 20 firmas em 14 cidades do interior fluminense. Buscamos, com isso, reunir dados primários para conhecer a localização dessas firmas e sua área de atuação, que chamamos regiões jornalísticas, seu mercado, modelo de negócio e posicionamento competitivo no processo de convergência digital dos produtos midiáticos, estratégias e práticas de gestão empresarial no contexto da economia de mercado da informação local e regional, condições de produção e distribuição de conteúdo e sua performance. A escolha dessas duas modalidades de jornalismo foi feita por representarem, a primeira, a forma de jornalismo mais tradicional, e a segunda, por ser a forma que mais caracteriza a transição pela qual tem passado os impressos. Concluímos, entre outras coisas, que a mídia regional está em consonância com o mercado nacional e internacional, de modo que: 1) as firmas de mídia mais estruturadas em geral estão em cidades com status mais alto na hierarquia urbana, mas que as novas tecnologias da informação e da comunicação aliadas à necessidade social de notícia têm motivado o surgimento de pequenos empreendimentos de jornalismo on-line diário que começam a romper com esse modelo e a reorganizar o acesso à notícia em cidades de mais baixa hierarquia; 2) que apenas um número restrito de firmas alcança melhor desempenho entre as demais, caracterizadas em sua maior parte por um modelo de negócios mais tradicional e sem grandes investimentos em diferenciação, regionalização e inovação; 3) que, de um modo geral, as mídias on-line, seja nas cidades centrais ou nas fronteiras jornalísticas, têm melhor desempenho do que os impressos no que se refere ao alcance e acesso do público, mas que os impressos continuam sendo as mídias mais consolidadas, com maiores sinergias e melhores resultados financeiros