Os caminhos para a produção no interior do Espírito Santo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lino, Leandro de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Job
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16139/tde-01072021-202543/
Resumo: Este trabalho aborda as políticas de desenvolvimento voltadas para as principais atividades econômicas do interior do Espírito Santo, tais como a cafeicultura e o setor de rochas ornamentais, especialmente sobre as ações relacionadas ao tema Arranjo Produtivo Local (APL). Tal abordagem se mostra importante, uma vez que APL foi o principal instrumento de política regional implementada no Brasil nos últimos anos e que associa produção e território. Para tanto, além de revisões bibliográficas sobre desenvolvimento regional e APL, também são tratados o processo de desenvolvimento do Espírito Santo e o atual contexto socioeconômico de seu interior, bem como as características dos dois arranjos supracitados (café e rochas ornamentais). A pesquisa se pauta principalmente por estudos oficiais que abordaram o tema, bem como pela utilização de dados que contemplam o período entre 2006 e 2015, já que este é o principal intervalo em que se tem informações sobre o mercado de trabalho formal por município, cujas bases se referem ao antigo Ministério do Trabalho e Emprego (MTb, atual Secretária de Trabalho). Ressalta-se que muitos estudos utilizaram essas informações como base para identificação dos APLs no Espírito Santo. Com base nos levantamentos realizados, percebe-se que o cenário de duas das principais atividades econômicas do interior capixaba pouco se alterou em termos quantitativos desde o início da política voltadas para APLs, implementadas no país logo após o início dos anos 2000. Entre os fatos que contribuíram para esta situação de pouca alteração, estão questões relacionadas ao próprio conceito de APL, dada as dificuldades em se limitar os territórios e as atividades contempladas em cada um desses arranjos, uma vez que diversos estudos foram realizados e cada um acabou indicando uma região diferente da outra. Soma-se ainda o fato das próprias dinâmicas do mercado, que por si só já são capazes de alterar as estruturas produtivas. Contudo, alguns avanços são percebidos, como as discussões sobre a formação de mão-de-obra especializada, a agregação de valor para produção e a união entre as diversas instituições envolvidas com as atividades. Além disso, acrescenta-se a própria reflexão sobre a importância de se pensar em atividades econômicas a partir de determinadas delimitações territoriais.