Efeitos da ingestão de água sobre o sistema nervoso autônomo
Ano de defesa: | 2015 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8284 |
Resumo: | A ingestão de água está associada com alterações no sistema nervoso autônomo (SNA) mais especificamente no seu ramo parassimpático. No entanto, as reais alterações hemodinâmicas e autonômicas no SNA ainda não estão bem estabelecidas, assim como a quantidade ideal de ingestão de água para refletir mudanças. Para tanto, foram desenvolvidos dois estudos: um estudo original, com o objetivo de comparar o efeito da ingestão súbita de 250 e 500 mL de água sobre o transiente inicial da frequência cardíaca (TIFC), variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e frequência cardíaca de repouso (FC de repouso) em indivíduos jovens saudáveis, e o outro, com o objetivo de verificar por meio de uma revisão sistemática, o efeito da ingestão de água sobre SNA e variáveis hemodinâmicas em indivíduos adultos. No primeiro, foram avaliados 26 homens, com idade entre 18 e 30 anos, submetidos a dois dias de avaliação com intervalo de 24 horas. O protocolo consistiu na ingestão de 250 ou 500 mL de água, em ordem randômica. Para avaliar o TIFC no exercício dinâmico foi utilizado o índice vagal cardíaco (IVC) obtido por meio do Teste de Exercício de 4 segundos nos momentos pré e pós-ingestão (5º, 10º, 20º e 30º minutos). Para avaliar a modulação autonômica no repouso foi utilizado a VFC durante 30 minutos após a ingestão, que também foi registrada a FC de repouso. Após 5 minutos da ingestão de água houve um aumento do TIFC (p=0,02), sem que houvesse diferença em função dos volumes de água ingeridos (p=0,8). Na VFC não houve diferença entre os volumes ingeridos, tanto no domínio do tempo quanto no domínio da frequência. Em relação a FC de repouso, houve diferença no 20º minuto quando comparado aos demais momentos (p<0,05). Esses resultados demostraram que não houve diferença no TIFC, VFC e na FC de repouso quando foram comparadas a ingestão de 250 e 500 mL de água a temperatura ambiente em indivíduos saudáveis. Contudo, o TIFC e a FC de repouso demostraram diferença entre os momentos analisados. Já o segundo estudo, analisou exclusivamente ensaios clínicos controlados e randomizados (ECCR), publicados entre 2000 e 2015 na base de dados MedLine. Utilizou-se para a elaboração desta revisão a sistematização PRISMA. Fizeram parte da revisão 10 ECCR envolvendo 246 voluntários com idade entre 19 a 64 anos, sendo 35% do gênero masculino. As alterações comumente observadas foram: aumento da atividade vagal cardíaca, diminuição da frequência cardíaca, e aumento da resistência vascular periférica além de resultados conflitantes em relação a pressão arterial. |