Caracterização organofaciológica e organogeoquímica de sedimentos das Formações Muribeca e Riachuelo, Cretáceo inferior da Bacia de Sergipe-Alagoas
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7042 |
Resumo: | O presente trabalho aborda resultados obtidos com a integração dos dados organogeoquímicos e organopalinológicos, realizados em 23 amostras de folhelhos e carbonatos testemunhados no poço 9-PEO-12-SE, localizado na região sul da Bacia de Sergipe-Alagoas, porção onshore. Buscou-se caracterizar o conteúdo orgânico particulado, quanto ao estado de preservação e maturação térmica e avaliar as condições redox, as quais esses sedimentos estiveram submetidos. Os resultados das análises de microscopia óptica em luz branca e fluorescência indicam que grande parte do material orgânico, apesar dos estratos serem considerados como de origem marinha, é dominado por elementos alóctones, representado, principalmente, pelo grupo dos fitoclastos (opacos e não-opacos). O material orgânico amorfo mostra-se presente em praticamente toda a seção em pouca proporção, de forma dispersa com poucos níveis globosos e com indicações de oxidações; sugerindo ambientes rasos de sedimentação. Em termos palinológicos a associação é composta por esporos, grãos de pólen, algas, e elementos do paleomicroplâncton marinho (palinoforaminíferos e dinoflagelados). Entretanto, os esporos e grãos de pólen, especialmente os do gênero Classopollis (cuja presença indica um ambiente com clima árido a semiárido à época da deposição), são os grupos predominantes. Com base na palinologia, apesar da não detecção da passagem Aptiano-Albiano, foi possível atribuir a idade neoaptiana para a Formação Muribeca e eoalbiana para a Formação Riachuelo, na área de estudo. A presença de dinoflagelados e palinoforaminíferos na porção intermediária da seção, comprova a influência marinha à época da deposição, aqui interpretadas como sendo as primeiras incursões marinhas ocorridas no final do Aptiano. Com base nos resultados qualitativos e quantitativos do querogênio, foram caracterizar duas palinofácies, que diferem entre si pela ausência de fluorescência; maior grau de oxidação e maiores valores percentuais de COT. Os resultados de COT mostram valores até 1,65%, sugerindo a presença de níveis com bom potencial de geração de hidrocarbonetos. Os dados de Pirólise Rock-Eval apontam para o querogênio do tipo IV, adequado à formação de gás seco. O Índice de Hidrogênio (IH) apresenta valores entre 0,59 e 164,85 mg HC/g COT, mostrando um potencial gerador de gás, corroborando assim com o tipo de querogênio diagnosticado. Os dados de ICE mostram que o material orgânico se encontra próximo da janela de geração em concordância com os dados de Tmáx que apresentam valores próximos a 432°C |