Avaliação da aquisição de alimentos segundo a classificação NOVA e variedade e diversidade no Programa Nacional de Alimentação Escolar
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19243 |
Resumo: | De forma inovadora, em 2020, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) alinhou suas recomendações ao Guia Alimentar para a População Brasileira. O presente estudo teve como objetivo analisar a participação relativa dos alimentos adquiridos no PNAE, segundo extensão e propósito do seu processamento industrial, e avaliar a relação entre a participação de alimentos ultraprocessados e a variedade e diversidade dos alimentos in natura ou minimamente processados adquiridos. Foram utilizados dados secundários referentes aos alimentos adquiridos, a quantidade de cada alimento e a valores pagos, oriundos do Sistema de Gestão de Prestação de Contas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, do ano de 2016. Os alimentos foram classificados e agrupados de acordo com a classificação NOVA e foi estimada a distribuição percentual de energia e de recursos financeiros executados referentes a cada grupo (1 - alimentos in natura ou minimamente processados; 2 -ingredientes culinários processados; 3 - alimentos processados; 4 - alimentos ultraprocessados; 5 - alimentos processados e ultraprocessados). A análise da variedade e diversidade foi feita por meio da contagem dos diferentes tipos de alimentos in natura ou minimamente processados. Foi estimado o número médio de alimentos in natura ou minimamente processados adquiridos para cada quarto de participação energética de alimentos ultraprocessados. A participação energética de alimentos ultraprocessados mostrou-se inversamente relacionado à participação média de energia e de recursos financeiros de alimentos in natura ou minimamente processados. Dos 3.698 municípios avaliados, 35,83% estavam dentro do limite estabelecido para aquisição de alimentos processados e de ultraprocessados, enquanto apenas 8,68% atenderam a recomendação de variedade. A participação de alimentos ultraprocessados não influenciou na variedade e diversidade. A partir de dados de 2016, verificou-se que um terço dos municípios brasileiros já se adequava à exigência de limite de utilização de recursos para aquisição de alimentos processados e ultraprocessados, mostrando a factibilidade deste parâmetro. Por outro lado, a recomendação de variedade e diversidade era alcançada por pequena parcela dos municípios. Os resultados do estudo reforçam a necessidade e importância da combinação da restrição de aquisição de alimentos processados e ultraprocessados e de uma recomendação especifica para promoção da variedade e diversidade de alimentos in natura ou minimamente processados no PNAE, a fim de promover a alimentação adequada e saudável dos estudantes. |