Associação do peso ao nascer e da maturação óssea com a composição corporal de adolescentes fisicamente ativos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mancilha, Tamara de Paula e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16769
Resumo: Diversos fatores podem acarretar em alterações na composição corporal aumentando a adiposidade, destacando entre eles: (1) o peso ao nascer (PN), o qual reflete o desenvolvimento intrauterino e é um possível determinante da composição corporal de jovens e adultos, processo conhecido como programação metabólica; (2) a maturação biológica, que está intrisicamente envolvida com alterações na composição corporal; (3) a prática de exercícios, que possivelmente, influencia a “programação” intrauterina; e (4) o perfil de consumo alimentar. O presente estudo avaliou a interação entre o PN e a maturação óssea sobre a composição corporal total e regional de meninas e meninos adolescentes atletas. Participaram 238 adolescentes (11- 16 anos) estudantes de uma escola municipal do Rio de Janeiro vocacionada para o esporte. A composição corporal do corpo inteiro e de regiões de interesse foi determinada por absorciometria de dupla emissão de raios-X (DXA) e a maturação óssea seguindo o protocolo de Greulich e Pyle. A frequência de consumo alimentar foi determinada por questionário específico. O PN foi obtido por consulta às cadernetas de saúde dos participantes. A comparação entre as médias das variáveis de composição corporal total e regional foi realizada de acordo com o sexo, pelo teste de ANCOVA, ajustado pela idade cronológica e frequência de consumo alimentar. A interação entre as variáveis dependentes (composição corporal) e variáveis independentes (PN e maturação óssea) foi determinada por regressão linear univariada, ajustada pela idade cronológica e frequência de consumo alimentar. P<0,05 foi considerado como significativo. O grupo dos meninos apresentou maior frequência de participantes esqueleticamente imaturos (83%) do que o grupo das meninas (46%). O PN foi similar entre os grupos. As meninas esqueleticamente maturas, apresentaram maior massa gorda (MG) e massa livre gordura (MLG) total do que as imaturas (P<0,05). Os meninos maturos apresentaram maiores valores de MLG e do tecido adiposo subcutâneo em relação aos imaturos (P<0,05), No grupo das meninas, a associação entre as variáveis independentes (PN, maturação óssea, idade cronológica e frequência de consumo alimentar) com as variáveis dependentes (MLG, MG e seus segmentos), mostrou que a maturação óssea possui maior força de interação com MG (F=14,800), MG ginóide (F=20,185), MG pernas (F=19,103), além da MLG ginóide (F=23,077) e MLG braços (F=19,110). Nos meninos as variáveis com maior força de interação foram MLG (F=19,351) e MLG ginóide (F=25,870). O PN não exerceu influência sobre a composição corporal total e seus segmentos para ambos os sexos. Os resultados sugerem que a maturação óssea exerce maior influência sobre a composição corporal de adolescentes atletas do que o PN. Isto ocorre possivelmente devido a puberdade ser um período de intensas e determinantes modificações corporais.