Estudo da eficiência dos processos Cl/UV e H_2 O_2/UV na degradação de bisfenol-A, 17 β estradiol e 17 α etinilestradiol: avaliação da atividade estrogênica e toxicidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Chaves, Fernanda Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11088
Resumo: Diversas substâncias são classificadas como desreguladores endócrinos, tais como pesticidas, produtos químicos empregados e produzidos por indústrias e estrogênios naturais e sintéticos. Essas substâncias interferem na produção, liberação, metabolismo e eliminação de hormônios, podendo ainda mimetizar ou bloquear a ação desses. Tendo em vista que esses compostos podem estar presentes em diversas matrizes ambientais, como água, solo, esgoto, sedimentos e lixiviados, estudos para promover a eliminação desses compostos tem crescido cada vez mais. Os tratamentos convencionais de água e esgoto não promovem a completa eliminação desses compostos, sendo necessário o desenvolvimento de novas tecnologias, dentre elas os processos oxidativos avançados, que promovem a remoção de compostos através da geração de radicais hidroxila. O objetivo do estudo foi avaliar a degradação dos desreguladores endócrinos bisfenol A (BPA), 17β-estradiol (E2) e 17α-etinilestradiol (EE2) pelos processos H2O2/UV e Cl/UV, investigando a matriz aquosa (água ultrapura, água residual e água de torneira), a radiação UVA e UVC, a concentração dos oxidantes e valores de pH em 5, 7 e 9. Além da remoção dos compostos, foi investigada a formação dos produtos intermediários estrogênicos pela determinada da atividade estrogênica das amostras antes e após os processos de tratamento pelo ensaio in vitro ensaio YES (Yeast Estrogen Screen), que utiliza a levedura Saccharomyces cerevisiae geneticamente modificada. Ensaios de ecotoxicidade crônica com os organismos-testes Ceriodaphnia dúbia e Raphidocelis subcapitata e parâmetros físico-químicos também foram determinados. Os processos H2O2/UV e Cl/UV apresentaram diferentes eficiências de remoção dos desreguladores endócrinos BPA, E2 e EE2 de acordo com as condições experimentais adotadas. As amostras antes do tratamento apresentaram atividade estrogênica com valor de EQ-E2 de 265 ± 6 µg.L-1, entretanto após os tratamentos a atividade estrogênica foi removida para valores abaixo do limite de quantificação após 5 e 20 minutos de reação para Cl/UV e H2O2/UV, respectivamente. Os ensaios toxicológicos demonstraram toxicidade para os dois organismos-teste e processos de tratamento analisados.