“Ao subir, abaixa o farol”: uma etnografia com agentes comunitários de saúde (ACS) sobre o tráfico de substâncias psicoativas ilícitas em uma cidade de pequeno porte
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23472 |
Resumo: | Os agentes comunitários de saúde (ACS) são profissionais que atuam como intermediários entre o sistema de saúde e a comunidade. Seu papel é fundamental na promoção da saúde e prevenção de doenças, especialmente em áreas vulneráveis e de difícil acesso. O objetivo da presente pesquisa foi compreender o significado social das substâncias psicoativas para os ACS. O estudo é caracterizado como um estudo de base etnográfica em que foram realizadas entrevistas e imersões de campo. Foram realizados onze meses de trabalho de campo, incluindo dois meses de entrevistas; três meses de retorno ao campo, visitas às unidades de saúde e convite aos ACS para acompanhá-los em suas rondas; e seis meses de imersão no território. Foram realizadas duas entrevistas com ACS de uma cidade universitária de médio porte e treze entrevistas foram realizadas em uma cidade pequena. Houve inúmeras dificuldades de acesso ao campo inicial planejado para a pesquisa. Portanto, a imersão no território e a maioria das entrevistas foram realizadas na cidade de Macondo, que acabou se tornando a cidade principal desta pesquisa. Essas entrevistas foram utilizadas no trabalho para comparação e desenvolvimento de hipóteses sobre a dificuldade de acesso ao campo. As treze entrevistas foram realizadas em três UBS (Unidades Básicas de Saúde) da cidade: cinco ACS foram entrevistados na Unidade Estrada Real, seis na Unidade Inconfidentes e quatro na Unidade Bandeirantes. Além disso, três entrevistas foram realizadas em uma pequena cidade universitária onde a pesquisa foi inicialmente planejada. Realizar um estudo sobre territórios de tráfico de drogas em uma cidade pequena foi desafiador. A dificuldade em encontrar literatura sobre ACS e territórios de tráfico de drogas, bem como tráfico em cidades pequenas, tornou a descrição detalhada dessa etnografia ainda mais essencial. Foi possível compreender a discrição como um modo essencial de atuação em saúde por ACS em territórios de tráfico de drogas. As relações estabelecidas por esses profissionais com o tráfico e os atores – traficantes e entregadores – eram de natureza permissiva e punitiva. No entanto, as relações com as figuras do tráfico em Macondo eram complexas e envolviam mais do que apenas medo e risco. A descrição etnográfica do caminhar pelo território foi feita de forma detalhada para que os relatos dos interlocutores fossem plenamente destacados. |