As implicações da Prova Brasil no currículo de língua portuguesa: Concepções e práticas de uma escola pública de Duque de Caxias - RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Erika Pedreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10222
Resumo: Esta pesquisa foi realizada em duas turmas de 5° ano do Ensino Fundamental, em uma escola pública do município de Duque de Caxias. O trabalho buscou indícios da relação entre os resultados obtidos pela escola na Prova Brasil e o currículo de Língua Portuguesa. Buscou-se compreender as possíveis interferências das avaliações externas na elaboração das avaliações da aprendizagem e a influência destes resultados sobre o currículo de Língua Portuguesa praticado na escola. Buscou-se também identificar práticas pedagógicas diferenciadas no processo de ensino de Língua Portuguesa e se os resultados obtidos pela escola nas avaliações externas norteiam ou interferem de alguma forma as ações cotidianas da turma observada. Esteban (2001, 2006, 2009); Freitas (1995); Santos (2004, 2013); Moreira (2010); Certeau (2012); Alves (2001) e Ginzburg (1989) trouxeram a direção para investir no desafio da realização da pesquisa. Atuaram como bússolas, dando o norte a este trabalho, contribuindo de forma ímpar para a compreensão dos impactos das avaliações externas sobre o cotidiano escolar. Foram utilizadas a observação participante, as conversas e registros das ações desenvolvidas no interior da sala de aula. A participação nas atividades da turma forneceu o material necessário para compreender melhor os caminhos e descaminhos da delicada relação existente entre as avaliações externas e o currículo. Nas conversas com as professoras, era perceptível o desconforto diante das políticas de avaliação, de como tais políticas fomentavam nas docentes um sentimento de aprisionamento e controle. As práticas pedagógicas desenvolvidas nas turmas no 5°ano ultrapassavam os limites de atividades que objetivassem apenas resultados. Havia um movimento singular que transcendia as barreiras dos conteúdos cobrados nas avaliações. O trabalho desenvolvido apresentada uma curva , diferenciando-o da linearidade das ações puramente obrigatórias, revelando a complexidade e a multiplicidade dos sujeitos neles envolvidos. Quanto à relação entre avaliações externas e currículo de Língua Portuguesa, podemos considerar que existe um movimento que valoriza e estimula ações para além da aquisição ou memorização de conteúdos, que as docentes utilizam ferramentas que visam ao desenvolvimento pleno dos sujeitos, tornando o currículo uma ferramenta que converge em ações diversificadas e enriquecedoras no que concerne à aquisição da linguagem. As avaliações externas não encerram o processo de aprendizagem na EMT, embora a influência das mesmas esteja presente nos meandres de todo o processo pedagógico, elas não são consideradas o centro do trabalho desenvolvido. Tais avaliações são encaradas apenas como mais um obstáculo a ser transposto na densa complexidade do cotidiano escolar.