Análise R/S de sondagens conepenetrométricas CPTu em alguns depósitos argilosos do Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Carlos Augusto Paiva da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21477
Resumo: Esta pesquisa teve por objetivo estudar a variabilidade vertical de diversos registros de ensaios de cravação de cone com medida de poro-pressão CPTu em 3 (três) depósitos argilosos moles saturados, localizados em 2 (dois) municípios, Sarapuí em Duque de Caxias, Santa Cruz e Recreio dos Bandeirantes na cidade do Rio de Janeiro. Mais especificamente, o trabalho procurou responder à questão de uma eventual aleatoriedade presente nos sinais destes ensaios, monitorando a variação das resistências de ponta e atrito lateral, bem como da poro-pressão, com a profundidade dos depósitos sedimentares. Para tanto, utilizou-se a análise R/S, um dos instrumentos matemáticos típicos da investigação de sinais fractais temporais auto-semelhantes, presentes em diversos fenômenos (dados hidrológicos, mercado de ações, dados sísmicos, dados de emissão acústica durante o carregamento de diferentes materiais, eletroencefalogramas, eletrocardiogramas etc.). Os resultados mostraram, definitivamente, que a variação dos sinais com a profundidade dos depósitos não é aleatória (expoentes de Hurst fortemente diferentes de 0,5), situação em que a memória destes sinais seria de curto alcance, fazendo com que a correlação entre eles deixasse de existir, para profundidades paulatinamente crescentes. Neste sentido, é lícito afirmar que todos os dados experimentais analisados neste trabalho estão impregnados de memória de longo alcance, sugerindo que a correlação entre eles mantem-se fortemente, mesmo para pontos espaciais largamente espaçados, em cada ensaio investigado. Os resultados mostraram cabalmente que os expoentes de Hurst de todos os ensaios situaram-se, invariavelmente, no intervalo 0,5<H≤1, muito próximos da unidade, o que sugere a presença, nos sinais analisados, de persistência, estando os dados positivamente correlacionados, havendo, portanto, uma maior probabilidade de continuar uma tendência de alta ou baixa com a profundidade. No que concerne às intensidades de correlação, das 39 (trinta e nove) análises R/S realizadas, 37 (trinta e sete) analises o que equivale a 94,87% apresentou uma variação dos valores próximos de 100% e 2 (duas) análises o que equivale a 5,13% apresentou uma variação dos valores próximos de 50% , corroborando as tendências sugeridas pelos expoentes de Hurst, ou seja, que os registros experimentais encontram-se fortemente correlacionados, independentemente da posição dos pontos em estudo, quer sejam eles mais superficiais ou profundos, no depósito sedimentar.