Influência do ambiente urbano na estrutura anatômica de Schizolobium parahyba (Vell.) S. F. Blake (Leguminosae: Caesalpinioideae)
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7961 |
Resumo: | O processo de urbanização tem transformado o ambiente natural em um ambiente marcado, principalmente, por condições climáticas alteradas e elevada poluição. O conhecimento dos efeitos da urbanização sobre as espécies da Mata Atlântica ainda é incipiente, principalmente, diante da diversidade biológica do bioma. Nesse contexto, este estudo visa avaliar o impacto do ambiente urbanizado na estrutura dos foliólulos e do lenho de Schizolobium parahyba (Vell.) S. F. Blake, uma espécie nativa da Mata Atlântica. O estudo foi realizado em dois sítios localizados na cidade do Rio de Janeiro: um remanescente de Mata Atlântica sítio florestal; e um arboreto localizado em uma das principais vias de tráfego da cidade sítio urbano. Para a caracterização dos sítios estudados, foram analisadas as condições climáticas, por meio de diagramas ombrotérmicos e realizadas análises elementares do solo e dos foliólulos de S. parahyba, a partir da técnica de fluorescência de raios X por dispersão de energia (EDXRF). Para avaliação da estrutura anatômica, amostras de foliólulos e do lenho foram processadas segundo técnicas usuais em estudos de anatomia vegetal. O sítio urbano apresentou um maior déficit hídrico, uma menor concentração de nutrientes e uma maior concentração de elementos químicos potencialmente tóxicos às plantas, como zinco e chumbo, no solo. As árvores deste sítio apresentaram foliólulos com parênquima lacunoso mais espesso e com concentrações mais elevadas de enxofre, cloro, titânio, ferro, zinco e bromo. O lenho das árvores do sítio urbano apresentou maiores frequência e comprimento dos elementos de vaso, maior índice de agrupamento de vasos e menores índices de vulnerabilidade, condutância e mesomorfia. Os caracteres anatômicos do foliólulo e do lenho apresentaram baixa plasticidade fenotípica nas condições estudadas, sendo considerados com alta plasticidade apenas os caracteres: frequência de tricomas no foliólulo e elementos de vaso no lenho. A influência das atividades antrópicas sobre a concentração e a ocorrência de elementos químicos pôde ser constatada através das análises realizadas. Apesar da baixa plasticidade, as alterações observadas no foliólulo e no lenho de S. parahyba sugerem que a espécie é capaz de alterar sua estrutura anatômica, a fim de aumentar a sua segurança hidráulica e aproveitar os recursos disponíveis, como a alta concentração de CO2 atmosférico. Assim, os resultados obtidos demonstram que S. parahyba é uma espécie tolerante e capaz de se adaptar ao ambiente urbano |