“Ajude o BOPE a Ajudar Você”: uma etnografia sobre a gestão da proximidade e da participação política dos moradores de favelas no contexto de pacificação
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Ciências Sociais Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20366 |
Resumo: | A presente etnografia consiste na análise sobre as relações estabelecidas entre policiais e moradores de favelas durante a implantação da política de “pacificação” e da UPP, em dois conjuntos de favelas do Rio de Janeiro. Através do discurso da “pacificação”, o Estado prometia um “novo tempo de paz”, colocando a necessidade de relações de “colaboração” e “proximidade” entre os moradores de favelas e policiais. Essa pesquisa objetivou compreender as situações sociais implicadas nos eventos de participação política levados à cabo no contexto da “pacificação”, com especial atenção para os processos, ações e pressupostos que permeavam o estabelecimento da proximidade entre os dois lados, a polícia e moradores de favela. Esse estudo consiste em analisar as tensões, os conflitos e desafios contidos na frase “Ajude o BOPE à Ajudar Você”, jargão acionado como lema pelos policiais para o estabelecimento de um novo tipo de relação. Ao mesmo tempo analisa as tensões e conflitos oriundos da intervenção policial na vida associativa de uma favela com UPP. Essas situações sociais permitem que o contexto mais amplo seja tomado analiticamente, bem como as relações entre os grupos, os valores e motivos contraditórios que os levam a participar dos diferentes eventos promovidos pela política de “pacificação”, que culmina na implantação da UPP. Vale ressaltar ainda que para o desenvolvimento desta pesquisa optei por abordar a minha ambígua inserção no campo, enquanto gestor local da UPP Social e pesquisador. |