A intertextualidade nas redações de vestibular: uma reflexão sobre os gêneros que constroem o discurso do vestibulando

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Bispo, Maria de Fátima Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6176
Resumo: A partir da teoria semiolinguística de Patrick Charaudeau, considerou-se a prova de redação, no evento vestibular, um ato de linguagem, em que os candidatos visam convencer a banca de correção acerca da qualidade do texto que produziram. Esta pesquisa teve como objetivo investigar os gêneros textuais recorrentes nas produções (realizadas no ano de 2005, na UERJ), adotando a intertextualidade como signo indicial. A tese defendida consistiu em mostrar que os gêneros textuais com os quais os alunos lidam em toda a sua trajetória escolar não se refletem em seus textos, apesar de a situação discursiva representar um momento decisivo na sua história. O percurso do estudo foi o seguinte: análise do evento vestibular como ato de linguagem; reflexões sobre a leitura e a escrita; conceituação de intertextualidade; estudo dos gêneros textuais e análise do corpus. As conclusões inferidas na análise confirmaram a tese perseguida: a maioria das redações não revelou conexão intertextual com os gêneros tradicionalmente priorizados no âmbito escolar, havendo sim um predomínio de gêneros marcados pela oralidade (como, por exemplo, frases de protesto e provérbios). Além de tal investigação, discutiu-se o ensino da intertextualidade, no ensino médio, a partir da análise de alguns livros didáticos, sugerindo-se uma prática de ensino diferente sobre esse tema. Questionou-se também a crença de que cabe tão-somente ao profissional de língua portuguesa a responsabilidade sobre o ideário dos alunos refletido nos textos que realizam. Foi apresentada, por fim, uma proposta interdisciplinar de redação, com vistas a mobilizar os diversos gêneros trabalhados nas diferentes disciplinas escolares