Ne bis in idem e direitos humanos: a dupla punição do infrator sob a custódia do Estado
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Direito |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20073 |
Resumo: | A relação entre o princípio do ne bis in idem e os direitos humanos é um tema relevante e atual no contexto jurídico contemporâneo. A garantia do ne bis in idem, que proíbe a dupla punição pelo mesmo fato, é uma proteção fundamental para a defesa dos direitos do indivíduo, especialmente no que se refere à sua liberdade e dignidade. Entretanto, muitas vezes essa garantia não é respeitada no âmbito do sistema carcerário, onde as pessoas privadas de liberdade sofrem punições indiretas durante a custódia estatal, violando seus direitos fundamentais. Nesse contexto, a presente dissertação tem como objetivo analisar a relação entre o princípio do ne bis in idem e os direitos humanos no sistema carcerário, investigando as possíveis violações desse princípio durante o cumprimento da pena. A partir de uma revisão bibliográfica e análise de casos concretos extraídos dos relatórios de inspeções realizadas nos presídios do Estado de Mato Grosso nos anos de 2021 e 2022, busca-se identificar as principais formas de punição indireta dos presos no sistema carcerário, como a falta de acesso a serviços básicos de saúde e educação, a superlotação das celas e a falta de oportunidades de trabalho e ressocialização. Por fim, propõe-se a realização da remição compensatória como forma de compensar as condições vividas no cárcere. Espera-se que essa pesquisa possa contribuir para o debate sobre a importância da garantia do princípio do ne bis in idem no sistema carcerário, visando a proteção dos direitos humanos dos presos e a promoção de um sistema de justiça mais justo e humano. |