Imagens de mulheres e crianças afrodiaspóricas: narrativas piauienses para além do museu brasileiro
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10453 |
Resumo: | Num contexto histórico/estético/educacional brasileiro, piauiense, de colonialidades e de subalternizações, imagens de mulheres e crianças afrodiaspóricas podem proporcionar experiências de dessubalternizações quando tensionamentos, negociações em narrativas dialógicas, bem como, desobediências epistêmicas acontecem esta foi a tese que orientou o trabalho. Ou seja, esse trabalho é uma tentativa de perceber que as imagens de mulheres e crianças afrodiaspóricas presentes em museus brasileiros não somente reforçam estereótipos, mas apontam para possibilidades de desobediências no ensinaraprender arte. Com efeito, a problemática da investigação nos possibilita perguntar: Como imagens de mulheres e crianças afrodiaspóricas podem colaborar para experiências dessubalternizantes no ensinaraprender arte, visto que muitas vezes, são imagens que mais colaboram para afirmar narrativas que subalternizam esses sujeitos? Como experimentar a arte e o ensino de arte a partir da fronteira, entre os saberes hegemônicos/subalternizantes sobre arte e seu ensino, sobre as imagens de mulheres e crianças afrodiaspóricas e nosso cotidiano? O processo teve as seguintes fases: visita e captura ( através de fotografias e diário de campo) de obras de arte em museus do sudeste brasileiro entre 2014 e 2015; realização da Oficina intitulada Proposições sobre imagens de mulheres e crianças afrodescendentes na Universidade Federal do Piauí, em Teresina-PI com sujeitos/interlocutores da pesquisa (artistas, estudantes, professores e pesquisadores da arte e da educação), nos dias 21, 22 e 23 de outubro de 2015 (com registro áudio e visual); confecção de mapa dialógico; identificação, seleção, análise dialógica das imagens e das narrativas discutidas e produzidas na oficina; e a escrita da tese. A oficina foi considerada como um encontro griô (reuniões de pessoas inspiradas em práticas/estéticas orais afrodescendentes) provocado por oralimagens (narrativas de vida com imagens de arte), um encontro onde enunciamos nossas histórias, que permitiu bordar ou rendar (narrar) essas histórias. Dialogar sobre imagens de mulheres e crianças me permitiu também conversar com os/as interlocutores/as na oficina, com os teóricos lidos e com a minha própria história. Como num rio, no fluxo das águas, as imagens surgiam refletindo esses encontros; o rio que corre no chão é como o écran, por onde passam as imagens recorrentes em nossas memórias (vivências das fronteiras afrodiaspóricas). As experiências foram bordadas ou rendadas (narradas) em forma de capítulos-cartas ou capítulos inspirados em cartas. Mikhail Bakhtin (2003; 2004; 2010; 2011), Walter Mignolo (2003; 2008), Jorges Didi-Huberman (2011; 2012; 2013), Roland Barthes (1984), Walter Benjamin (1985; 1994; 2002), Gloria Anzaldúa (2000; 2005), María Lugones (2014), bell hooks (2004; 2006; 2009), Frantz Fanon (1968; 2008), Miridan Falci (1991), Luiz Mott (1985), Solimar Lima (2005; 2008), Mailsa Passos (2014), Anibal Quijano (2000; 2005), Walter Mignolo e Pedro Pablo Gómez Moreno (2012), Darcy Ribeiro (1995), Clovis Moura (c. 1959), Florestan Fernandes (1989), Amadou Hampaté Bâ (2010), Michel de Certeau (1994) são alguns dos interlocutores teóricos com os quais tento dialogar |