Sensibilidades decoloniais da afrodescendência: conflitos e desestabilizações em práticas antirracistas no ensino de arte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rodrigues, Marcelino Euzebio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16556
Resumo: A pesquisa faz um diálogo entre os estudos decoloniais, a afrodescendência nas artes visuais e a educação, tendo em vista as insurgências de obras artísticas que trazem à tona problemáticas étnico-raciais e sócio-políticas geradas na colonização. Após um panorama sobre as origens do pensamento decolonial, dialogamos com artistas modernos não negros até a produção de artistas afro-brasileiros contemporâneos, fazendo análises de algumas de suas obras que se aproximam dessa epistemologia. Pensamos em uma sensibilidade que denuncia, emerge ou rememora as histórias silenciadas da afrodescendência durante a colonização, com suas feridas coloniais, seu racismo e insurgências contra seus aparatos e reverberações. Ainda que outros nomes trilhem esse percurso sensível, nesta pesquisa, aprofunda-se primordialmente a obra de Arjan Martins, Ayrson Heráclito e Rosana Paulino por serem artistas afro-brasileiros que mais se aproximam desse contexto, por suas histórias de militância e estudos sobre a arte e a negritude no Brasil. Para ampliar esse diálogo, o trabalho contou com a participação de sete professores de Artes do Ensino Básico do Rio de Janeiro que desenvolveram atividades a partir das obras desses artistas e dos apontamentos da pedagogia do conflito, pensada por Boaventura Sousa Santos. Essa pedagogia, situada no campo dos estudos decoloniais, mostrou-se potente por promover desestabilizações e gerar questionamentos e reflexões em sala de aula sobre as permanências da colonização e suas implicações na problemática racial brasileira. A partir da análise das produções de alunos mediadas por esses professores e suas práticas pedagógicas, vislumbra-se ações que se mostraram efetivas na aplicabilidade da lei 10639/2003 e suas potencialidades antirracistas nas escolas em que as propostas foram desenvolvidas.