Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Pedro Vítor Gadelha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-14102015-102433/
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Resumo: |
O trabalho em questão aborda a agenda dos movimentos sociais pautados pela afrodescendência e negritude em Brasil e Colômbia. Estes países têm em comum as duas maiores populações de afro-latinos da América de Sul. Diante de um quadro de racismo estrutural em ambos os casos, movimentos sociais de reivindicação identitária se formaram em suas respectivas realidades para se contrapor aos discursos pautados na mestiçagem como formadora de uma nação homogênea supostamente sem racismo. A III Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, promovida pela Organização das Nações Unidas, na cidade de Durban, em 2001, é aqui considerada como um marco para entender as ações afirmativas reivindicadas por estes movimentos no decênio 2001-2011. O objetivo desta investigação é compreender em que medida as conquistas destes movimentos afro-latinos foram influenciadas pelas deliberações da Conferencia de Durban. A partir de pesquisa bibliográfica e documental, constata-se, no caso brasileiro, que o apoio transnacional de Durban às demandas do movimento negro se configurou numa disseminação de políticas de ações afirmativas cujo epicentro dos debates se concentrou nas políticas de cotas nas universidades. No caso colombiano observou-se que as demandas transnacionais se juntaram ao acúmulo de forças sociais cuja demanda por dados censitários sobre a população afro-colombiana, procurava dar uma visibilidade estatística até então inexistente em relação a este contingente. O movimento afro-colombiano, diante da negligência do Estado em assegurar a execução da legislação sobre comunidades negras, tem vislumbrado no espaço transnacional um instrumento de pressão a mais nas suas reivindicações frente ao Governo Colombiano, se juntando a movimentos de outros países da América Latina que têm construído no espaço transnacional uma via de integração e mútuo fortalecimento de suas agendas. |