Ruminações: diagramas da arte de performance entre o prazer e a resistência
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Artes |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7386 |
Resumo: | Esta tese se aproxima do corpo criando relações e séries de órgãos nas quais a potência anal é um imperativo. Tomado pela psicanálise como um forte instrumento de soberania e autocontrole, o cu tem suas forças constantemente sublimadas e seu uso privatizado. Esta tese pesquisa casos de liberação e dessublimação anal por seu uso público e sua produção social. Duas operações estão em jogo: uma física e direta, outra performativa, discursiva. Essas operações entram numa miríade de relações entre si. A principal é a de que o cu é um órgão cuja força é a de diagramar resistência e viabilizá-la justo por conjugá-la ao prazer. As proposições têm caráter teórico-filosófico e surgem de análises de trabalhos de dança, música, artes visuais, performance e vídeo. Teóricos como Paul B. Preciado, Georges Bataille, Gilles Deleuze, Felix Guattari, Michel Foucault, José Muñoz, Peggy Phelan, Brian Massumi, André Lepeki e Fred Moten compõem também a base dos pensamentos. Ruminações se estrutura em quatro eixos. No primeiro investigo a relação entre as extremidades do tubo gástrico e sua produção de associações à animalidade. Experiências nesse sentido são também desenvolvidas ao se abdicar da eretilidade e investir em práticas coletivas do uso anal. No segundo eixo pesquiso a potência copóreo-semântica do cu em sua capacidade de reconfigurar os campos de luta de gênero. Em seguida o cu constrói sua série corporal relacionando-se à pele e ao olho, reconduzindo propriedades da escuridão. Por fim, me aproprio da dupla materialidade da escatologia e sua relação anal, as quais defino como o resto e a magia. Dessa forma, abordo a anarquitetura dos escombros e divago sobre o caráter imanente da magia e sua cosmologia multinaturalista |