Adaptação acadêmica, estresse, autoeficácia e habilidades sociais em estudantes universitários
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17807 |
Resumo: | Ao ingressar no Ensino Superior, estudantes universitários precisam lidar com demandas as quais não estão habituados, como o ritmo de estudo mais intenso e novos tipos de relações sociais. É esperado que os estudantes integrem suas capacidades emocionais, sociais e vocacionais, equilibrando as demandas externas e as necessidades pessoais. Esse processo envolve variáveis individuais e contextuais e se denomina adaptação acadêmica. Aqueles que se sentem capazes de lidar com as exigências da Universidade e apresentam comportamento socialmente habilidoso podem enfrentar os estressores acadêmicos de maneira mais saudável. Dessa forma, esta pesquisa teve como objetivo investigar como o estresse acadêmico, a autoeficácia e as habilidades sociais podem impactar na adaptação acadêmica dos estudantes e justificar a necessidade de aprimoramento de recursos que possam ser facilitadores desse ajustamento, atenuando o possível sofrimento psíquico de estudantes universitários e principalmente evitando a evasão desses estudantes. A pesquisa foi dividida em dois estudos quantitativos. Ambos os estudos utilizaram como instrumentos o Questionário de Adaptação ao Ensino Superior (QAES), a Escala de Estresse Acadêmico (EEA), a Escala de Autoeficácia na Formação Superior e o Questionário de Habilidades Sociais (CHASO). A coleta de dados aconteceu durante a pandemia da COVID-19. O primeiro estudo teve como objetivo verificar a relação entre as variáveis adaptação acadêmica, estresse, autoeficácia e habilidades sociais, identificar o poder preditivo das variáveis estresse, autoeficácia e habilidades sociais na adaptação acadêmica e comparar as variáveis entre estudantes de instituições públicas e privadas. Como resultados, a adaptação acadêmica, autoeficácia e habilidades sociais se correlacionaram positivamente entre si. O estresse se correlacionou negativamente com as demais variáveis. As variáveis estresse, autoeficácia e habilidades sociais foram capazes de predizer significativamente a adaptação acadêmica. Estudantes de instituições privadas apresentaram médias significativamente maiores em adaptação acadêmica e autoeficácia, enquanto estudantes de instituições públicas apresentaram médias significativamente maiores em estresse. O segundo estudo teve como objetivo comparar as variáveis adaptação acadêmica, estresse, autoeficácia e habilidades sociais entre estudantes de primeiro e de terceiro período e verificar se a autoeficácia e habilidades sociais podem ser mediadoras na relação do estresse com a adaptação acadêmica. Como resultados, alunos do terceiro período apresentaram níveis estatisticamente maiores de estresse, a autoeficácia e as habilidades sociais foram capazes de mediar a relação do estresse com a adaptação acadêmica e a autoeficácia explicou 86% do impacto das habilidades sociais na adaptação acadêmica. Conclui-se que os resultados da pesquisa confirmaram a importância das variáveis individuais e contextuais na adaptação acadêmica. As variáveis individuais se relacionaram com a adaptação acadêmica de maneira consistente, independente do contexto. O impacto das variáveis contextuais foi menor ou diferente do esperado, podendo sinalizar relevância do ambiente físico, das experiências presenciais e das expectativas acadêmica. |