Habilidades sociais, autoeficácia e percepção de apoio social de adolescentes de instituições acolhedoras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silveira, Priscila Sá da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18770
Resumo: A literatura tem identificado fatores de risco e de proteção no ambiente de acolhimento institucional de adolescentes. A presença de indicadores de proteção no contexto de acolhimento é importante, pois pode viabilizar um desenvolvimento saudável, mesmo diante de circunstância adversas. A partir da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, o estudo teve por objetivos: (1) Caracterizar o repertório de habilidades sociais, a percepção de apoio social (família, pares, professores e educadores sociais) e as crenças de autoeficácia de adolescentes acolhidos institucionalmente; (2) Analisar as associações entre as habilidades sociais e as crenças de autoeficácia de adolescentes institucionalizados; (3) Analisar as associações entre as habilidades sociais e a percepção de apoio social (família, pares, professores e educadores sociais) de adolescentes institucionalizados. Participaram do estudo 50 adolescentes (idade média de 15,40 anos), sendo 36 do sexo masculino, acolhidos em nove instituições de acolhimento, seis governamentais e três não governamentais, localizadas no Estado do Rio de Janeiro. Os adolescentes responderam aos seguintes instrumentos: (1) Questionário de Investigação Geral para Crianças Abrigadas; (2) Inventário Multimídia de Habilidades Sociais- IMHSC-Del-Prette (versão impressa); (3) Escala de Percepção de Apoio Social; (4) Escala de Autoeficácia Generalizada. Em relação ao repertório de habilidades sociais, os resultados mostraram que a maior parte dos adolescentes apresentou um bom repertório de reações socialmente habilidosas de assertividade e autocontrole, níveis medianos na maioria das subclasses das reações não-habilidosas passivas e ativas. A maioria dos adolescentes teve repertório deficitário na reação socialmente habilidosa de empatia e níveis altos de reações não-habilidosas ativa de assertividade. Sobre o apoio social, a maioria dos adolescentes percebeu um apoio social mediano da família, amigos, professor e educadores sociais. No que diz respeito às crenças de autoeficácia, a maior parte dos adolescentes teve nível médio. Foram encontradas associações positivas entre as reações socialmente habilidosas (escore total, autocontrole e participação) e a percepção de apoio social da família, pares, professores e educadores sociais. O total das reações não-habilidosas ativas correlacionou negativamente com a percepção de apoio social da família e dos professores. As crenças de autoeficácia correlacionaram positivamente com a percepção de apoio social do professor. Com os dados da pesquisa foi possível identificar recursos dos adolescentes e dos seus contextos que favorecem o seu desenvolvimento socioemocional. Além disso, as informações contribuirão para a desconstrução de estigmas e preconceitos em torno dessa população em acolhimento e para o fomento de intervenções para a promoção de saúde mental com esses adolescentes.