Envolvimento família-escola, habilidades sociais e autoeficácia de professores e alunos de classes de aceleração do ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: França, Fernanda de Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17234
Resumo: As classes de aceleração são formadas por estudantes dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental que, em algum momento da sua vida escolar, abandonaram, evadiram ou foram retidos em anos de escolaridade anteriores, ocasionando distorção idade-série. De modo geral, a equipe escolar entende que tais estudantes não conseguem aprender, são apáticos e desmotivados, responsabilizando-os por suas dificuldades de aprendizagem e avaliando-os com fracasso escolar. Da mesma forma, a fragilidade das condições de saúde física e mental dos professores corrobora para influenciar de forma negativa na qualidade do processo de ensino-aprendizagem dessa população. Diante disso, a família e a escola, como primeiros ambientes em que as crianças e adolescentes estão inseridos, devem oportunizar momentos que contribuam para seu desenvolvimento acadêmico, profissional e pessoal. Desse modo, relações interpessoais positivas mantidas nesses contextos, podem promover o desenvolvimento cognitivo, social, comportamental e emocional de educadores e discentes das classes de aceleração. O objetivo geral do estudo é analisar as associações entre as habilidades sociais educativas, as habilidades sociais, a rotina compartilhada e envolvimento entre família-escola e as crenças de autoeficácia de professores e alunos das classes de aceleração. A pesquisa tem como aporte a Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, que é uma abordagem pertinente para essa investigação porque adota um olhar sistêmico e dinâmico sobre o desenvolvimento dos indivíduos. Participaram do estudo 19 professores de 10 escolas públicas de um município do Estado do Rio de Janeiro, sendo 12 mulheres, com idade entre 31 e 62 anos (M=43,58 DP=9,55), que lecionavam para classes de aceleração I, II, III e IV. Foram participantes também seus 229 alunos, sendo 145 meninos, com idade entre nove e 18 anos (M=13,98 DP=1,85). Os docentes responderam ao Inventário de Habilidades Sociais 2, ao Inventário de Habilidades Sociais Educativas, a Escala de Autoeficácia Docente, ao Checklist de Rotina Compartilhada e Envolvimento entre Família-Escola e ao Questionário com informações sociodemográficas. Os estudantes responderam ao Inventário Multimídia de Habilidades Sociais, a Escala de Autoeficácia Geral e Acadêmica e ao Questionário com informações sociodemográficas. Foram realizadas análises estatísticas descritivas e paramétricas (correlação e regressão linear). Os resultados indicaram que os professores que lecionam para as classes de aceleração apresentaram um repertório desejável de habilidades sociais. Além disso, as habilidades sociais dos escolares se associaram positivamente com a autoeficácia geral e autoeficácia para o desempenho acadêmico. A análise de regressão hierárquica indicou que as variáveis repertório habilidoso (preditor positivo) e sexo (mulheres - preditor negativo) predisseram 8% da autoeficácia geral dos alunos e, repertório habilidoso (preditor positivo), não habilidoso passivo (preditor negativo) e habilidades sociais dos educadores predisseram 13% da autoeficácia para o desempenho acadêmico. Os resultados poderão ser utilizados em programas de intervenção preventivos e focados na promoção de saúde mental de alunos e professores.