Uma cartografia pela “ferrugem das tesouras de gênero”: as performances dissidentes e os a(r)tivismos digitais em conteúdos pós-massivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Rafaela de Araujo Vieira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21741
Resumo: Esta pesquisa busca investigar a “ferrugem das tesouras de gênero”, caracterizada nesta dissertação como um processo de mudanças no imaginário brasileiro acerca do binarismo homem/mulher e as normas de vida heterossexual. Para tanto, cartografou-se a atuação de quatro criadores de conteúdo digital que fomentaram debates na esfera pública no ano de 2022, marcado pela eleição presidencial no Brasil. São eles: Bielo Pereira, Blogueira de Baixa Renda (Nathaly Dias), Esse Menino e Jonas Maria. A estratégia metodológica de uma cartografia interseccional somada aos Estudos da Performance nos auxiliou a compreender a ambiência online, a produção audiovisual selecionada e sua função pós-massiva, presente em plataformas digitais como o YouTube e o Instagram. Entre outros aspectos, tal função midiática age por todo o planeta, com fluxo de informação bidirecional (todos-todos) e em nichos (LEMOS, 2010). Buscamos compreender como diferentes dissidências sexuais e de gênero estão inseridas nas comunidades digitais, mapeando possíveis táticas de enfrentamento às práticas de morte contra esses corpos. O objetivo é destacar a formação de novos saberes e identificar as narrativas que tensionam o conservadorismo por meio de “performances de (re)existências” e práticas de a(r)tivismo digital. Ao final, comprovou-se que há caminhos comunicacionais contemporâneos que desestabilizam normativas no país por meio de adaptações criativas, experiências de vida e visões de mundo próprias, bem como de “armas performativas” da linguagem que cultivam a construção de novos imaginários sobre os corpos.