Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Israel Souza
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Orientador(a): |
Machado, Adriana Bittencourt |
Banca de defesa: |
Machado, Adriana Bittencourt,
Setenta, Jussara Sobreira,
Silva, Márcia Virgínia Mignac da,
Trói, Marcelo de,
Fontes, Ramon Victor Belmonte |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)
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Departamento: |
Escola de Dança
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41044
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Resumo: |
Esta pesquisa parte de uma construção teórica subsidiada numa reflexão crítica e analítica do artivismo Colling (2019), Troi (2018) na Dança. Tem como propósito gerar uma articulação entre Dança e política para discutir corpovozes como subversivos, que sobrevivem e transgridem padrões normativos já estabilizados. Corpos que habitam diferentes instâncias de sobrevivência gerando nas interfaces entre política, cultura e sociedade, manifestos em Dança. Essas são algumas propostas e caminhos que delimitam o espaço epistemológico dessa pesquisa, que propõe o entendimento de Corpovoz como propositor e articulador dos seus discursos de (r)existência como ação performativa. O Corpovoz, em sua ação de proferir a indissociabilidade entre vida e arte, Dança e artivismo expõe estratégias de sustentabilidade, as vezes mínimas, ao mesmo tempo em que dá visibilidade ao seu modo de sobrevivência. Arte e vida no Corpovoz são inseparáveis, pois em sua ação performativa exibe as mazelas e os efeitos da categorização das dissidências e seus processos de subalternização. Elucida que os processos políticos, sociais culturais são responsáveis pela condição de corpo abjeto, no qual a Dança se incube de enunciar os artivismos construídos a partir de um fazer-dizer (Setenta, 2008) dos corposvozes. A pesquisa, dispõe de arcabouço teórico amparado nos autores que problematizam as ações e os efeitos dos paradigmas sociais para a modificação atitudinal em relação aos corpos dissidentes de sexo, sexualidade, gênero, classe e raça contra a norma constituída na cultura-sociedade ao longo da história. A fim de enfatizar a (r)existência histórica dos corpos artísticos que através do movimento hiv/aid$, problematizou e resistiu a epidemia discursiva Bessa (1997) da aid$ para além do vírus hiv, aponta-se trabalhos dissidentes que discutem a intersecção da arte/dança/performance. Para tanto, buscar-se-á compreender os agenciamentos políticos que tencionam a vida e os processos de assujeitamento desses corpos, seus discursos de resistências a partir de entrevistas semiestruturadas. Nessa pesquisa, há, também, minha trajetória artística/acadêmica, vivendo com hiv, implicado nas questões levantadas na perspectiva do Corpovoz, ao trazer no último capítulo minhas experiências como narrativas escrevivenciadas (Evaristo,2007) dialogando com pressupostos teóricos como parte do artivismo no campo das artes dissidentes de sexualidade, classe e cor na dança. |