Caracterização fenotípica dos pacientes Classe III: avaliação de um novo modelo estatístico para diagnóstico e predição dos resultados do tratamento
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14194 |
Resumo: | A maloclusão de Classe III é um dos problemas mais desafiadores aos ortodontistas, especialmente no que diz respeito à elaboração de um correto diagnóstico e de um plano de tratamento adequado. Intervenções ortopédicas precoces têm sido defendidas para pacientes com esse tipo de problema. No entanto, muitos pacientes que foram tratados com sucesso em uma idade precoce sofreram recidiva durante o crescimento subsequente. O prognóstico destes pacientes pode ser melhor estabelecido se for possível identificar e aplicar clinicamente medidas cefalométricas que possam predizer o padrão de crescimento e o potencial de crescimento final. Além disso, uma caracterização completa de indivíduos Classe III esquelética e uma futura correlação com fatores genéticos podem representar uma grande promessa para a ortodontia. Este trabalho teve como objetivo, portanto, aplicar e validar um novo método diagnóstico de classificação, o modelo estatístico de predição para pacientes Classe III (MEP3), a fim de testar a hipótese de que diferentes tipos de Classe III podem ser mais reprodutivelmente diagnosticados com a utilização de uma equação matemática, quando comparado à perspicácia clínica de cada ortodontista. Também se investigou a correlação entre os subgrupos de Classe III provenientes do MEP3 e os resultados do tratamento para estabelecer quais variáveis cefalométricas são capazes de predizer o sucesso do tratamento destes pacientes. Assim, o diagnóstico fornecido pelo MEP3 foi comparado ao de 3 ortodontistas experientes, em uma amostra de 600 pacientes Classe III. Os resultados do estudo revelaram que, quando comparado à acuidade clínica individual dos ortodontistas, o MEP3 oferece uma solução de diagnóstico mais precisa e reprodutível. Em uma amostra de 131 pacientes, o MEP3 identificou cinco subgrupos de Classe III. O Teste exato de Fischer mostrou uma relação estatisticamente significativa entre estes subgrupos e o tipo de tratamento realizado nestes pacientes, sendo que pacientes pertencentes aos subgrupos 2 e 3 (deficiência de maxila) foram mais propensos a serem tratados pela camuflagem ortodôntica sem extrações dentárias. A Análise de Significância para Microarranjos mostrou que existem variáveis cefalométricas específicas diretamente ligadas a determinados subgrupos de maloclusão de Classe III. O método de Discriminação Ponderada da Distância MultiClasses Esparsas e o teste de Permutação-Direção-Projeção Multiclasses revelaram que algumas medidas cefalométricas pré-tratamento estão fortemente associadas ao: tipo de tratamento realizado nos pacientes (ângulo interincisal, ângulo goníaco e relação de Holdaway); sucesso do tratamento (relação de Holdaway, inclinação dos incisivos superiores em relação à base craniana anterior e grau de protrusão dos incisivos inferiores); e à estabilidade (ângulo interincisal, diferença de comprimento da unidade maxilo-mandibular e inclinação dos incisivos superiores em relação à base craniana anterior). Os resultados deste estudo forneceram uma ferramenta sistemática para diagnosticar a maloclusão de Classe III e podem ajudar em análises genéticas futuras, como a genotipagem e os estudos de ligação, que exigem fenotipagem rigorosa. |