Com açúcar e sem afeto: as metáforas dos relacionamentos amorosos em revistas femininas e masculinas
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5961 |
Resumo: | O presente estudo foi instigado pelos resultados de pesquisa anterior (FERREIRA, 2011), em que metáforas conceptuais sobre relacionamentos amorosos juvenis foram analisadas, indicando haver uma distinção nas atribuições de papeis femininos e masculinos. Surge, desse modo, a possibilidade de uma nova investigação, tendo como foco, porém, metáforas direcionadas a um público adulto, no intuito de verificar se as mesmas representações de amor e orientações de comportamento eram compartilhadas entre homens e mulheres. Para tanto, foram selecionados, durante doze meses, artigos das revistas femininas Marie Claire e Cosmopolitan, e das revistas masculinas GQ e VIP, todas publicações mensais de grande circulação e pertencentes a editoras conceituadas. A metáfora é aqui considerada em uma perspectiva integradora, aliando-se a Teoria da Metáfora Conceptual (LAKOFF; JOHNSON, 1980, 1999; KÖVECSES, 2000, 2005, 2010) a abordagens discursivas da metáfora (CAMERON, 2003, 2005, 2008; VEREZA, 2010, 2013). Enquanto a abordagem discursiva enfatiza a interação social no uso metafórico, postulando a existência de metáforas especificas de acordo com o uso, a análise dos elementos cognitivos nos permite entender as motivações cognitivas nessas interações discursivas. A interpretação dos resultados da análise discursivo-cognitiva das metáforas foi efetuada a partir de um diálogo com estudos da Sociologia, da Antropologia e da Psicologia (JABLONSKI, 1995; BABO, 2000; BAUMAN, 2004, 2005, 2008; GIDDENS, 1993, 2008; ALAMBERT, 2004; GODELIER, 1980, entre outros), os quais permitiram uma visualização mais ampla do conceito de gênero e dos comportamentos amorosos contemporâneos, visando ao reconhecimento de padrões masculinos e femininos de representações de amor e de atuação nos relacionamentos afetivos. Nas edições consideradas, houve a prevalência das metáforas AMOR É NEGÓCIO, AMOR É ARTE e AMOR É ENCANTAMENTO / LOUCURA, confirmando relacionamentos pautados na busca por benefícios, assim como o alerta quanto ao perigo de se deixar enredar por fantasias e idealizações. Independente, porém, da conceptualização efetuada, verificou-se que homens e mulheres costumam atuar de modo diferente nos relacionamentos. Enquanto o romantismo, a emotividade e a submissão são considerados como pertinentes às mulheres, os homens, pretensamente mais objetivos e racionais, assumem a função de chefes e provedores. |