Reestruturação, precarização e resistência nas telecomunicações do Rio de Janeiro: o trabalho no campo de batalha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rodrigues, Maria Cristina Paulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14801
Resumo: A presente pesquisa investiga as transformações ocorridas nas telecomunicações após a sua privatização, em 1998, tendo como foco o Trabalho nas empresas do Rio de Janeiro, nos três segmentos constitutivos do setor, que hoje encontram-se divididos entre as operadoras e as empresas prestadoras de serviços. Esse trabalho, que sofreu alterações de corte tecnológico e de gestão, foi profundamente flexibilizado e precarizado, também como parte das estratégias adotadas pelo capital, a nível global, para enfrentar mais uma de suas grandes crises, a partir da década de 1970. Neste caso, o desemprego tem sido um importante instrumento para a recuperação da taxa média de lucro das empresas, o que explica a altíssima rotatividade entre os segmentos mais precários da categoria, ou seja, os trabalhadores do teleatendimento e os da rede. Tudo isso traz consequências graves na condição com que os trabalhadores têm e terão para exercer sua atividade, aumentando o número de adoecimentos por assédio, intensificação da jornada além de trazer também consequências para suas formas de organização e representação. Nos perguntamos, se num quadro deste é possível pensar em alguma forma de resistência por parte dos trabalhadores. A análise dos documentos acessados fichas de homologação, e-mails de denúncias, Acordos e Convenções Coletivas de Trabalho além de entrevistas com dirigentes sindicais e questionários com demitidos nos permitem dizer que há uma resistência, cotidiana, às vezes invisível, às vezes aberta como nas greves e nas Comissões de Trabalhadores que logram se posicionar contra essa lógica da precarização do trabalho