Avaliação quantitativa da fibrose miocárdica pela ressonância magnética cardíaca nas cardiomiopatias não isquêmicas utilizando o método semi-quantitativo visual: Comparação com a quantificação por planimetria
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8780 |
Resumo: | A avaliação da fibrose miocárdica através da imagem de ressonância magnética cardíaca (RMC) mostrou fornecer informações prognósticas em pacientes com cardiomiopatias não isquêmicas (CNI). Atualmente, a análise quantitativa da fibrose miocárdica baseia-se em técnicas demoradas que utilizam limiar semiautomático (planimetria digital) e requer a utilização de softwares comercialmente disponíveis. Neste trabalho, desenvolveu-se um novo método de quantificação da fibrose miocárdica utilizando uma análise semi-quantitativa visual de imagens do realce tardio em pacientes com CNI e avaliou-se a concordância entre esta técnica e algumas das técnicas da planimetria digital. A RMC com contraste foi realizada em 90 pacientes com CNI, divididos em 3 grupos: cardiomiopatia hipertrófica (CMH, n = 30), cardiomiopatia dilatada (CMD, n = 30) e miocardite (n = 30). A quantificação da fibrose miocárdica foi realizada utilizando o método de análise semi-quantitativo visual. Para isso, foram adquiridos 8 cortes cobrindo todo o ventrículo esquerdo (VE). Os cortes foram divididos em 44 segmentos (2 cortes apicais com 4 segmentos cada, 3 cortes médios com 6 segmentos cada e 3 cortes basais com 6 segmentos cada). A quantidade de realce tardio em cada corte foi determinada usando uma escala de 6 pontos: 0 - sem realce; 1- realce de > 0% a ≤5%; 2- realce de > 5% a ≤25%; 3- realce de > 25% a ≤50%; 4- realce de > 50% a ≤75%; e 5- realce > 75%. A totalidade de realce tardio foi calculada como a soma das pontuações de todos os 8 cortes divididos por 220 (pontuação máxima possível: 5 * 44 = 220) e foi relatada como porcentagem de massa de VE. A quantificação da fibrose miocárdica também foi realizada utilizando 4 diferentes técnicas de limiar semiautomático: 2 desvio padrão (p2DP); 6 desvio padrão (p6DP); limiar manual (pManual); e Largura à Meia Altura (pFWHM). A concordância entre o método semi-quantitativo visual e as técnicas de planimetria digital foi avaliado pelo coeficiente de correlação de concordância (CCC) e pela análise de Bland-Altman. A quantidade de fibrose miocárdica pelo método Visual (15,8 ± 9,7%) foi semelhante aos métodos pManual (15,8 ± 10,5%, p=0,85) e pFWHM (16,2 ± 10,1%, p=0,27), foi ligeiramente superior a p6DP (14,4 ± 10,5%, p=0,002) e significativamente inferior ao p2DP (39,6 ± 14,5%, p<0,001). Observou-se excelente concordância entre o método Visual e os métodos de limiar semiautomático, exceto com o p2DP, o qual superestimou significativamente a quantidade de realce tardio. As variabilidades inter e intra-observadores foram pequenas para todas as medidas. O tempo por paciente para realizar o método visual (1 'e 35' ') foi significativamente menor que a pManual (9' e 12 '', p<0,001), pFWHM (9 'e 19' ', p<0,001) e p2DP / p6DP (9 'e 55' ', p<0,001). O método semi-quantitativo visual apresentou boa concordância e correlação com as técnicas da planimetria o que nos permite apresentar o método como alternativa mais rápida e prática para a quantificação da fibrose miocárdica nos pacientes portadores de cardiomiopatias não isquêmicas. |