Imagem corporal e sua relação com o consumo alimentar segundo a classificação NOVA: resultados do Estudo Pró-Saúde
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7332 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo avaliar a relação entre a (in)satisfação e percepção com a imagem corporal e o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias, alimentos processados e alimentos ultraprocessados. Foram utilizados dados de 501 participantes da fase 4 do Estudo Pró-Saúde, uma coorte de funcionários técnico-administrativos de uma universidade no estado do Rio de Janeiro. Para avaliação da imagem corporal foram utilizadas escalas de 15 silhuetas, obtendo-se silhueta percebida e silhueta desejada. Peso e altura aferidos foram utilizados para calcular o Índice de Massa Corporal dos indivíduos (silhueta real). A (in)satisfação foi avaliada pela diferença entre silhueta percebida e desejada, e para a percepção,considerou-se silhueta percebida e real. Diferenças iguais a zero classificaram o indivíduo como satisfeito/sem distorção, menor que zero como insatisfeito pela magreza/subestimação do tamanho corporal e maior que zero como insatisfeito pelo excesso de peso/superestimação do tamanho corporal. O consumo de alimentos foi avaliado por Questionário de Frequência Alimentar (QFA) semiquantitativo, contendo 82 alimentos ou grupo de alimentos. A frequência de consumo foi transformada em frequência diária e, após ser associada à quantidade da porção, foi calculado o valor energético de cada item alimentar. Estes foram categorizados de acordo com a classificação NOVA nos seguintes grupos: alimentos in natura, minimamente processados e preparações culinárias; alimentos processados; e alimentos ultraprocessados. Imagem corporal e consumo de alimentos foram apresentados por proporção e seus intervalos de confiança de 95% (IC 95%). A associação entre (in)satisfação e percepção (exposição) e os três grupos da NOVA (desfecho) foi avaliada por meio de modelos de regressão linear brutos e múltiplos (ajustados por variáveis sociodemográficas e IMC) com seus IC 95%, estratificados por sexo. Entre as mulheres, 7% eram satisfeitas, 7% insatisfeitas pela magreza e 86% pelo excesso de peso, e, 9% não apresentavam distorção, 9% subestimavam o tamanho corporal e 82% superestimavam. Dos homens, 15% eram satisfeitos, 11% insatisfeitos pela magreza e 74% pelo excesso de peso, e, 15% não apresentavam distorção, 26% subestimavam o tamanho corporal e 59% superestimavam. Mulheres insatisfeitas pelo excesso de peso apresentaram menor consumo de alimentos in natura, minimamente processados e preparações culinárias (-7,9 IC 95%: -13,7; -2,1) e maior de alimentos ultraprocessados (5,9 IC 95%: 1,0; 10,9), quando comparadas as satisfeitas. Para os homens, houve maior consumo de alimentos processados entre aqueles insatisfeitos pela magreza (3,8 IC 95%: 0,7; 6,9), e, menor de alimentos in natura, minimamente processados e preparações culinárias entre aqueles que superestimavam seu tamanho corporal (-4,3 IC 95%: -8,3; -0,2) comparados a satisfeitos/sem distorção. A (in)satisfação e percepção da imagem corporal estão associadas com o consumo alimentar, sinalizando que mulheres com insatisfação por excesso de peso e homens que superestimavam seu tamanho corporal apresentam hábitos alimentares menos saudáveis |