Relação da autoimagem corporal com medidas antropométricas e de adiposidade em indivíduos brasileiros adultos: Estudo Pró-Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cabral, Magno Cerqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
DXA
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7242
Resumo: A sociedade atual tem se caracterizado pela crescente importância atribuída à aparência corporal, o que tem contribuído para o aumento da insatisfação com a imagem corporal, mesmo em indivíduos eutróficos. O presente estudo teve como objetivo avaliar a relação da autoimagem corporal com medidas antropométricas e de adiposidade em indivíduos adultos. Trata-se de estudo seccional aninhado a uma coorte, o Estudo Pró Saúde, realizado entre funcionários (n=495) de uma Universidade no Estado do Rio de Janeiro. Informações sóciodemográficas foram obtidas por questionário auto preenchível. Foram aferidos massa corporal total, estatura e perímetros da cintura e quadris. A massa gorda total, androide e ginóide, percentual de gordura e tecido adiposo visceral foram obtidos por absorciometria de dupla emissão de raio-x (DXA). A avaliação do desvio ponderal/ adiposidade foi realizada utilizando-se o Índice de Massa Corporal (IMC), o índice de Massa Gorda (IMG) e o percentual de gordura para categorização em sem excesso/não obeso ou com excesso/obeso. Os indivíduos realizaram autoavaliação da imagem corporal (IC) por escala de 15 silhuetas, escolhendo qual melhor representava seu corpo (silhueta percebida) e qual gostariam de ter (silhueta desejada). O IMC aferido foi convertido em número de silhueta correspondente (silhueta real). A percepção foi avaliada subtraindo-se a silhueta real da percebida e categorizada como sem distorção, subestimação e superestimação. A (in)satisfação foi avaliada subtraindo-se a silhueta desejada da percebida e categorizada como satisfação, insatisfação por magreza ou excesso de peso. Diferenças entre os sexos, entre categorias de percepção e de (in)satisfação, e entre categorias de desvio ponderal/adiposidade foram avaliadas por Chi quadrado para variáveis categóricas e por Teste t de Student ou ANOVA para variáveis contínuas. Cerca de 70% da população estudada apresentou excesso de peso ou obesidade segundo o IMC. Uma proporção elevada de homens (84,2%) e mulheres (90,2%) apresentou distorção de IC, em sua maioria superestimando seu tamanho corporal (58,9% dos homens e 82,3% das mulheres), assim como se encontram insatisfeitos com sua imagem devido o excesso de peso (75,1% dos homens e 86,6% das mulheres). As frequências de distorção e insatisfação pelo excesso de peso foram elevadas entre os indivíduos sem excesso/não obesos (62,5% a 74% e 50,0% a 69,2% em mulheres, respectivamente; e 20,0% a 36,8% e 20,0% a 51,9% em homens, respectivamente) e ainda mais elevadas entre aqueles com excesso/obesos (87,9% a 89% e 97,0% a 98,9% em mulheres, respectivamente; e 67,9% a 76,3% e 87,8% a 93,3% em homens, respectivamente). Indivíduos sem excesso de peso que superestimavam o tamanho corporal apresentaram as maiores (P<0,05) medidas antropométricas e de adiposidade na região ginóide para mulheres e andróide para homens. Os resultados do presente estudo sugerem que uma proporção elevada dos homens, e principalmente das mulheres, apresenta superestimação do tamanho corporal, assim como se encontram insatisfeitos pelo excesso de peso, mesmo dentre os indivíduos não obesos, independentemente do método de avaliação do desvio ponderal/ adiposidade. A região de acúmulo de gordura parece ter relação com a percepção e (in)satisfação com a imagem corporal, de forma diferente entre mulheres e homens