Cis-tema Único de Saúde: uma cartografia (de)generada de Políticas Nacionais de Saúde Integral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Broilo, Rodrigo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Men
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17777
Resumo: Ao longo das últimas décadas ocorreram mudanças em como entendemos a saúde em nossa sociedade. Desde a expansão do conceito de saúde para além da ausência de doenças, tornando-se uma relação equilibrada entre os aspectos biológicos, psicológicos, sociais, de trabalho e renda, entre outros, até a forma como o cuidado com a saúde foi passando da simples assistência aos doentes para uma noção de que a saúde deve ser promovida e as doenças prevenidas, não apenas tratadas. Essas mudanças ocorreram na esteira do surgimento do conceito de Integralidade, que defende que o ser humano deve ser atendido em sua totalidade, respeitando suas características e necessidades, de forma ampla. Com isso surgiram Políticas Nacionais de Saúde com foco integral para algumas populações específicas, entre elas as caracterizadas por gêneros. Mas saúde tem gênero? E que gêneros são esses? Quem está contemplado nesses documentos? Nessa linha de problematização, no presente trabalho busca-se investigar e cartografar, mediante técnicas de pesquisa bibliográfica, documental e de conteúdo, as três Políticas de Atenção Integral à Saúde hoje em vigor no Brasil que delimitam seu público por gênero (Mulheres, Homens e LGBTIs). Para tanto, utilizo embasamento em estudos de gênero e da teoria queer. O intuito é analisar se há uma diversidade de gêneros preconizada nos documentos e, consequentemente, se isso tem garantido a integralidade da saúde de seu público. As Políticas demonstram basear a Saúde em gêneros binários, cis e heterossexuais, para fins reprodutivos, quando se fala de Mulheres e Homens, principalmente. As pessoas que não se enquadram nesse binário são empurradas para uma ‘condição’ LGBTI, os ‘outros’ do binário Homem-Mulher.