Políticas Educacionais para a Promoção da Rapariga em Moçambique
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10438 |
Resumo: | O estudo em tela insere-se na problemática das políticas educacionais moçambicanas que têm sido influenciadas pelas políticas internacionais sobre Educação Básica. Essas políticas procuram a justiça social através da igualdade de educação de gênero. É nessa ótica que a pesquisa versa sobre POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA A PROMOÇÃO DA RAPARIGA EM MOÇAMBIQUE . Com base na Abordagem do Ciclo de Políticas, proposta por Stephen Ball, a pesquisa procura compreender os desdobramentos das políticas de promoção da rapariga na província da Zambézia, buscando principalmente entender como os profissionais de educação do contexto da prática (escola) articulam os discursos culturalmente construídos sobre as mulheres com os discursos das políticas governamentais tendentes à promoção da rapariga através da educação. Para consubstanciar minha intenção, analiso os processos que ocorrem na negociação e interpretação das políticas educacionais com os discursos locais, bem como os diferentes elementos que influenciam a recontextualização dessas políticas nos contextos estudados. Nessa ordem de ideias, recorro a uma abordagem descritiva e etnográfica, para ilustrar as características socioculturais, políticas e econômica de cada um dos contextos, como também analiso, através de entrevistas semiestruturadas, as falas dos professores, alunas, membros da direção da escola e de dirigentes das direções distritais de educação ciência e tecnologia dos respectivos distritos em estudo. A pesquisa faz referência ao intervalo de 1999 a 2015, este intervalo é justificado pelas seguintes razões: Em 1999 se colocou em prática o primeiro Plano Estratégico da Educação e Cultura em Moçambique, que adequava os discursos internacionais sobre Educação Básica e a consequente reestruturação do Plano Curricular do Ensino Básico. Em 2015 se encerra o prazo dado pela UNESCO, em 2000, para que se alcancem os objetivos da Declaração dos Objetivos do Milênio. A pesquisa decorreu na província da Zambézia, nas escolas dos distritos de Gurué, concretamente no posto administrativo de Lioma, localidade de Tetete, na EP1 de Nossa Senhora do Monte Niusse e na EPC de Eduardo Mondlane de Ruace; no distrito da Maganja da Costa, nas escolas de EPC da Vila Sede da Maganja da Costa e de Mutange. A partir das análises concluo que a formulação das políticas educacionais, que propalam a inclusão dos até então excluídos, produzem adversidade ao que elas propõem. Desse modo, a inoperância das políticas internacionais que propugnam e incluem nas políticas nacionais de Moçambique a ideia de equidade de gênero e igualdade de oportunidades é atribuída as dificuldades do contexto nacional, que obstaculizam o funcionamento dessas políticas |