Acesso e permanência da rapariga no Ensino Técnico Profissional em Moçambique: Caso do Instituto Industrial de Maputo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Maúngue, José Salomão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10702
Resumo: O presente trabalho intitulado Acesso e permanência da rapariga no Ensino Técnico Profissional em Moçambique: caso do Instituto Industrial de Maputo tem como objetivo investigar sobre os fatores de ordem social, cultural e/ou econômica que podem influenciar na baixa representatividade da rapariga no Ensino Técnico Profissional (ETP) em Moçambique. A pesquisa optou por uma abordagem qualitativa, mais especificamente, um estudo de caso. Foram utilizadas duas técnicas de pesquisa para coleta de dados: análise documental e entrevistas semiestruturadas aplicadas aos estudantes, professores e gestores do IIM, que foi o lócus da pesquisa. No que diz respeito às questões teórico-metodológicas, baseou-se na perspectiva intercultural crítica, a partir das teorizações de Vera Candau e Stuart Hall, conjugado com as noções feministas do conceito de gênero, nas perspectivas de Guacira Lopes Louro, entre outros. Foram objeto de estudo também as políticas públicas da promoção da rapariga na educação, tendo se recorrido, para a sua análise, ao método de abordagem de ciclo de políticas proposto pelo sociólogo britânico Stephen Ball. O estudo mostrou que, entre vários fatores que influenciam na reduzida participação da rapariga no ETP, destacam-se a sua ocupação com as tarefas domésticas e o rendimento familiar, os custos diretos e indiretos da educação, práticas e atitudes associadas a crenças tradicionais culturais e estereótipos de género. Foi possível verificar também que a lei e as políticas públicas do estado favorecem para uma igualdade formal que cria instabilidades nas relações de poder estabelecidas e legitimadas pelos modos de socialização familiar, mas também se configuram como penalizadoras em alguns casos