Crise do capital, reversão neocolonial e os impactos sobre a Questão Agrária brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fernandes, Elaine Nunes Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15860
Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar os impactos que a crise estrutural do capital tem provocado, através do processo de reversão neocolonial latino-americano, sobre a questão agrária brasileira desde que o sistema adentrou na sua crise mais profunda por volta dos anos de 1970. A partir da teoria marxiana, representada na atualidade pela obra de István Mészáros, procurou-se conhecer os mecanismos de funcionamento do sistema sociometabólico do capital para então compreender as mudanças que têm ocorrido no continente latino americano e que têm impactado diretamente a questão agrária brasileira. A hipótese aqui defendida é de que as mudanças orquestradas pelo sistema se manifestam no Brasil pela hegemonia que o capital transnacional tem alcançado na agricultura através da aliança com a burguesia nacional e da captura do aparelho do Estado. As consequências desse processo estariam presentes no abandono gradual, por parte das organizações sociais que lutam pela terra, a exemplo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), de uma reforma agrária que desconcentre radicalmente a propriedade da agrária. Neste sentido, a hipótese complementar é de que a luta pela construção de uma sociedade socialista pelo Movimento foi abandonada como consequência desse processo. O processo investigativo foi conduzido pelo método dialético, tendo sido utilizado a pesquisa bibliográfica e documental como procedimentos analíticos. Os resultados alcançados demonstram que a dependência econômica e financeira que essas organizações têm em relação aos recursos estatais, bem como as possibilidades cada vez mais restritas de inserção no mercado têm levado os movimentos sociais do campo a arrefecerem a postura combativa e revolucionária que outrora tiveram.