“Das Pedras pisadas do Cais” - O trabalho de Campo na Pequena África como caminho para uma educação patrimonial decolonial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Araripe, Francisco das Chagas de Alcantara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ensino de História (PROFHISTORIA)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19385
Resumo: Na segunda metade do século XVIII, a região do Valongo se transformou na principal porta de entrada de escravizados, trazidos forçadamente para Brasil, vindos de diversas partes do continente africano. Desde então, por todo entorno do Cais, montou-se a complexa infraestrutura para venda, tratamento dos enfermos e enterro dos escravizados que não resistiram às doenças resultantes das péssimas condições da travessia Atlântica. Mesmo com todas as adversidades que resultavam em dor e sofrimento, a resistência negra se fez presente através da manutenção das identidades negras diversificadas que por aqui aportaram, e se fizeram re-existir, transformando a Zona Portuária em espaço de memória negra, da diáspora africana e posteriormente da diáspora baiana na segunda metade do século XIX. A presença negra aglutinada em torno do trabalho portuário, das religiões que ali se manifestaram e das tradições culturais, fez com que a região em torno da Pedra do Sal e do redescoberto cais do Valongo, ficasse conhecida como a Pequena África. Através dos pressupostos da decolonialidade, esse trabalho pretende criar uma análise e proposta de roteiro didático pedagógico, como um caminho, que permita identificar a Pequena África como um patrimônio contra hegemônico, de resistência da memória afrodescendente brasileira.