Jardins de chuva: uma análise teórica e experimental para a implementação no Brasil
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23416 |
Resumo: | A infraestrutura verde Jardim de Chuva visa reduzir os impactos da urbanização sobre as águas urbanas e adaptar as cidades às mudanças climáticas. O objetivo desta tese foi avaliar sua aplicabilidade nas cidades brasileiras. O trabalho foi subdividido em três capítulos. No primeiro capítulo, foi realizado um referencial teórico da funcionalidade do jardim de chuva, através de uma revisão sistemática. No segundo capítulo, foi desenvolvido um referencial prático sobre as metodologias utilizadas para analisar a funcionalidade do jardim, por meio da análise de um jardim de chuva instalado na cidade do Rio de Janeiro, RJ. Utilizaram-se o método racional, um linígrafo e modelagem computacional com o Hydrus-1D para medir a capacidade de retenção de água da chuva. Além disso, foram coletadas amostras da precipitação direta, da primeira água da chuva e da água que passou pelo jardim de chuva, para avaliar a capacidade de retenção de poluentes. No terceiro capítulo, foi realizada uma análise propositiva para entender as dificuldades na disseminação da técnica no Brasil e propor soluções. Foram aplicados questionários a especialistas, além de uma pesquisa sobre legislações e programas nacionais e internacionais relacionados à divulgação da técnica. Os trabalhos encontrados foram divididos em cinco temas principais: controle de poluição, melhoria operacional, capacidade de retenção de água, custos de instalação e fatores socioambientais. A avaliação da eficiência e os custos de instalação e manutenção são os temas mais atuais. O jardim de chuva não apresentou extravasamento durante o período estudado, e, embora ocupasse 11% da área de capitação de água, seria funcional com uma área equivalente a 6,3% dos telhados. Em relação à remoção de poluentes, houve redução de 73% de coliformes fecais, 39% nos sólidos totais dissolvidos e 12,1% de carbono orgânico total da água do escoamento. Quanto à popularidade das infraestruturas verdes, os telhados verdes são os mais conhecidos, e o desconhecimento, juntamente com a falta de um padrão construtivo, parece ser um grande entrave à disseminação da técnica. As legislações ainda não contemplam o jardim de chuva, e a fragmentação na governança da gestão dos rios e drenagens urbanas também se apresentou como uma barreira no Brasil. O jardim de chuva pode ser uma ferramenta importante para a adaptação das cidades às mudanças climáticas e para a revitalização dos rios urbanos, sendo necessária uma maior divulgação da técnica, capacitação dos agentes envolvidos, implementação de instrumentos legais e incentivos públicos para a instalação das infraestruturas verdes pelas populações urbanas. |