O magmatismo do Oligo-Mioceno na Província Magmática de Somuncurá, Argentina, e a relação com a subdução andina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Gilmar Pachá Corrêa dos Santos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23109
Resumo: O complexo alcalino da Sierra de Apas, localizada na Província Magmtática de Somuncurá, Patagônia Norte, Argentina, se desencolveu ao longo do Oligoceno-Mioceno. A dissertação apresenta diferentes metodologias para estudar a evolução magmática da Sierra de Apas. A pesquisa integrou análises petrográficas, litogeoquímicas, isotópicas (Sr-Nd) e geocronológicas (U-Pb em apatita). A área é caracterizada por um magmatismo bimodal, com lavas basálticas e traquíticas, seguido por rochas mais evoluídas, como os riolitos. As idades U-Pb obtidas, indicam que os eventos vulcânicos ocorreram em média a 25 Ma, relacionando-se ao desenvolvimento de caldeiras e colapsos magmáticos na região. As sucessões vulcanicas foram caracterizadas em 11 elementos vulcânicos que envolvem três eventos evolutivos maiores: pré-colápso, sin-colápso e pós-colápso. Os dados litogeoquímicos mostram teores de SiO₂ variando de 42 a 78 wt.%, com enriquecimento em elementos incompatíveis, como Zr (600-2000 ppm) e Nb (50-80 ppm). As análises de terras raras indicam concentrações elevadas de Y e La, sobretudo nas rochas traquíticas e comendíticas. O controle predominante da cristalização fracionada é evidenciado pela separação clara entre os magmas máficos e félsicos nos diagramas de Harker. Os valores isotópicos variam com ⁸⁷Sr/⁸⁶Sr(m) entre 0,703723 e 0,900385, e ¹⁴³Nd/¹⁴⁴Nd(m) de 0,512606 a 0,512894, indicando contribuições mistas do manto empobrecido e processos crustais. A modelagem isotópica mostrou que as traquitas e comenditas exibem valores de 87Sr/86Sr(i) entre 0,703690 e 0,767785, refletindo contaminação crustal mais acentuada. O εNd(i) variou de -0,3 a +5,3, destacando a influência de fontes mantélicas mais juvenis em algumas amostras. Os diagramas de modelagem geoquímica, como Nb vs. La, indicam que a cristalização fracionada foi o processo dominante, enquanto o comportamento de alguns traquitos e comenditos evidencia assimilação crustal. A evolução dos magmas foi ainda marcada por processos de fusão parcial e recarga mantélica, sugerindo um complexo sistema magmático com interações mantélicas e crustais em um ambiente tectônico modificado pela subdução andina. Em síntese, a dissertação contribui para o entendimento do magmatismo intraplaca na Patagônia, elucidando a interação entre subducção e plumas mantélicas, além de oferecer novos dados sobre a evolução de magmas alcalinos e sua relação com processos tectônicos regionais.