O fenômeno da atrofia da experiência na literatura de João do Rio
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20693 |
Resumo: | Esta pesquisa investiga as consequências provocadas pela modernidade e a influência das configurações das cidades modernas na psique dos seus habitantes, tomando como base crônicas de João do Rio dos livros Vida Vertiginosa (1911), Cinematógrafo: crônicas cariocas (1909) e Os dias passam... (1912). Para tanto, serão utilizados como pressupostos teóricos a tese de Renato Cordeiro Gomes a respeito das cidades modernas serem verdadeiros complexos labirínticos, bem como conceitos do filósofo alemão Walter Benjamin, ao postular ocorrências de patologias sociais provocadas pelos “tempos modernos”. Dentre os problemas provenientes da modernidade, o principal foco é a atrofia da experiência (Benjamim, 1940), que consiste na incapacidade do aparelho psíquico de filtrar os estímulos externos e, assim, apreender informações do ambiente, convertendo-os em traços mnêmicos. Dessa maneira, trabalha-se com a hipótese que parte da obra de João do Rio registra o apagamento da experiência em prol da vivência, estabelecendo o choque com o passado e sua decorrente tradição histórica. Assim, com a modernidade e suas características predominantes – efemeridade e mudança –, a construção de memórias voluntárias e sobretudo involuntárias torna-se problemática, uma vez que esse mecanismo da mente humana entra em colapso, dado o número exacerbado de estímulos nos espaços urbanos modernos. Ao investigar o problema aludido, possibilita-se também revelar outro ângulo de observação e interpretação da vasta obra literária de João do Rio sobre o Rio na Belle Époque, ampliando a perspectiva e a significação destas |