A banalização da vida nos trilhos da Supervia do Rio de Janeiro: transporte ferroviário e mobilidade urbana das classes subalternas no contexto neoliberal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nazareth, Elias Barbosa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23253
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo abordar a histórica relação das classes subalternas com os trens metropolitanos da cidade Rio de Janeiro, entendendo que a mobilidade urbana e os meios de transportes inseridos no espaço urbano reproduzem a lógica e as particularidades de uma sociedade que ainda guarda o ranço de um sistema escravocrata, fundada sob a égide de um capitalismo tardio e dependente. Assim, as pesquisas demonstram não só a importância dos trens no deslocamento diário das classes subalternas em seus diversos usos, mas também o descaso a qual são submetidos esses usuários, por meio de serviços precários propenso aos acidentes, a superlotação em deslocamentos pendulares entre casa-trabalho-casa, em viagens extenuantes oriundas das franjas da cidade e das áreas periféricas da região metropolitana. Neste particular demonstramos que o trem contribuiu tanto no processo de ocupação quanto no processo migratório do campo para cidade, na formação dos subúrbios ao longo da linha férrea e do processo de favelização. A relação das classes subalternas com os trens metropolitanos é também conflituosa, na medida que se perpetua o desrespeito, entendendo que primeiro ocorre a desumanização dos usuários, formandos em sua grande maioria por pretos e pardos, a até a banalização da vida e a naturalização da barbárie. Quanto a metodologia optamos pela pesquisa do tipo exploratória, se valendo das técnicas de coleta de dados a partir da Pesquisa bibliográfica desenvolvida com base em material já elaborado, como: livros, teses, artigos científicos, entre outros; e pela Pesquisa documental com base em arquivos públicos, leis, normas, revistas, e principalmente, em jornais impressos e digitais, dada a sua capacidade de atualização dos registros diários e farto material disponível.