Políticas de formação docente continuada na EJA da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro: o que nos dizem sujeitos da EJA?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Daniel Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20697
Resumo: A presente pesquisa parte da indagação “O que dizem gestoras, parceiros e parceiras formadores e professores e professoras da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME) sobre as políticas municipais de formação docente continuada para a EJA?”. Com essa pergunta, seu objetivo principal é compreender como se organizou e vem se desenvolvendo a formação docente continuada para a EJA no âmbito da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, no período de 2001 a 2023. A questão da pesquisa nasceu a partir de uma observação de que a EJA da Rede Pública do Sistema Municipal de Ensino do Rio de Janeiro se destaca nos cenários estadual e nacional pela sua continuidade que foi consolidando-a como uma política pública com quase 40 anos de existência (desde 1985). No cenário nacional, diferente do que ocorre nessa rede municipal, majoritariamente pode ser observada a descontinuidade de sucessivos programas de governo de EJA. Na Rede do Rio a política de EJA inclui uma política de formação docente continuada em EJA. Essa observação produziu a hipótese de que a formação em EJA é um fator preponderante no fortalecimento e perpetuação dessa modalidade nessa rede de ensino e de seus princípios fundamentais. A pesquisa foi desenvolvida com base nos referenciais metodológicos da pesquisaformação narrativas (auto)biográficas, aliada à pesquisa documental realizada no Centro de Memória e Pesquisa do CREJA. Assim, desafiei-me a escrever em primeira pessoa, me assumindo também como sujeito da pesquisa e narrando minhas experiências de vidaformação na EJA. Nessa mesma perspectiva trouxe a narrativa de ex-gestoras da Gerência de Educação de Jovens e Adultos (GEJA) e de professores(as) da universidade que atuam/atuaram como parceiros nessas práticas e políticas de formação docente continuada. Justifico a relevância dessa pesquisa principalmente com o seguinte argumento: investigar políticas de formação continuada docente específicas para a EJA é uma das formas de fortalecer o campo da EJA e consolidá-lo, trazendo-o à visibilidade nas pesquisas, nos espaços de discussão acadêmica e nos espaços de formação docente. Como conclusões provisórias, dado o inacabamento que caracteriza o processo de produção do conhecimento, a pesquisa permitiume chegar aos seguintes pontos: conhecer parte do processo histórico das práticas e políticas de formações docente continuada para a EJA no âmbito da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro; entender que a continuidade da política de formação continuada em EJA foi favorecida pela relação das gestões da pasta da EJA com a própria modalidade, como professoras, onde foram também formadas; o momento histórico, anterior ao FUNDEB, com investimentos descentralizados obtidos por meio do FNDE para as formações e a importância da participação docente que atuou reivindicando e participando do direito à formação em EJA; a constatação da ausência de políticas de valorização profissional que incorporem, para além das pós-graduações, outras formações continuadas ao Plano de Cargos e Salários ou constituam benefícios aos(às) docentes; e a compreensão de que a busca pela formação docente é parte do movimento do magistério, sem a qual a formação poderia não ter tomado a força atual que colabora para impulsioná-la como uma política que foi continuada até os dias de hoje.