Aspectos clínicos e neurofisiológicos da neuropatia periférica na Doença de Parkinson
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22606 |
Resumo: | Nas últimas décadas, tem-se observado a presença de neuropatia periférica (NP) em pacientes com Doença de Parkinson (DP), principalmente naqueles em tratamento crônico com levodopa (LD). Este estudo tem por objetivo identificar a presença de alterações clínicas e eletroneurofisiológicas compatíveis com NP em indivíduos com DP. Foram selecionados 39 pacientes com DP, com idade acima de 50 anos e doses estáveis da medicação antiparkinsoniana, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Todos foram submetidos a protocolo pré-estabelecido: avaliação de comorbidades e medicamentos em uso, rastreio de distúrbio cognitivo e sintomas depressivos, avaliação neurológica, aplicação de escalas específicas de pontuação para diagnóstico de NP, exames laboratoriais e eletroneuromiografia (ENMG). Foi verificada a presença de neuropatia clínica através de escalas padronizadas e neurofisiológica, através da eletroneuromiografia do nervo sural, fibular superficial, sensitivo, e fibular, motor. Após aplicação das escalas clínicas, a presença de sinais e sintomas caracterizando NP foi encontrada em 56,4% dos participantes, que apresentavam, em média, idade mais elevada (70,7 ± 8,4 anos) em relação àqueles sem neuropatia clínica (61,7 ± 9,9 anos). Foram comparados três grupos de pacientes: com NP clínica e ENMG alterada; com NP clínica e ENMG normal e sem NP e ENMG normal. Dos pacientes com NP clínica, apenas 27,2% mostraram alterações na ENMG, evidenciadas pela redução significativa nos valores médios das amplitudes dos nervos surais, em ambos os lados, direito (Kruskal-Wallis: H = 12,083; p = 0,002) e esquerdo (Kruskal-Wallis: H = 13,585; p = 0,001), bem como de todos os parâmetros analisados (latência, velocidade e amplitude) do nervo fibular superficial (p < 0,05), no grupo de pacientes “com NP clínica e ENMG alterada” em relação aos outros grupos. De acordo com a literatura esses aspectos neurofisiológicos podem ser suficientes para caracterizar esta neuropatia como axonal sensitiva. Estudos com amostra maior deverão ser desenvolvidos para melhor esclarecimento destes achados. A identificação da NP durante a progressão da DP é de extrema importância para que se possam estabelecer condutas e terapêuticas adequadas |