Ambiente enriquecido na prevenção dos prejuízos comportamentais e endócrinos no modelo de hiperleptinemia neonatal
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12810 |
Resumo: | Há uma associação importante entre alterações em parâmetros nutricionais, hormonais ou ambientais no inicio da vida (gestação e lactação) e o surgimento de doenças crônicas na vida adulta tais como doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, ansiedade e depressão. Previamente demonstramos que ratos tratados com injeções de leptina (8μg/100g, dia, sc) nos 10 primeiros dias de lactação apresentaram aumento da ansiedade e da atividade exploratória, hiperleptinemia, sobrepeso, resistência a leptina, hiperinsulinemia, hipercorticosteronemia e hipertrigliceridemia quando adultos. Propomos então investigar, através de estudo longitudinal, as alterações comportamentais e endócrino-metabólicas ocasionadas pela programação pela hiperleptinemia nos 10 primeiros dias de vida e avaliar se estas alterações podem ser prevenidas pela exposição ao ambiente enriquecido durante a adolescência. Inicialmente foram obtidos 2 grupos experimentais que foram tratados durante os 10 primeiros dias da lactação (PN1-PN10) com: salina (50 µL, dia, sc) ou leptina (8μg/100g, dia, sc). Em PN30, parte das ninhadas foi alocada em novas condições de habitação (gaiola de ambiente enriquecido), enquanto outra parte permaneceu em gaiola padrão. As ninhadas foram subdivididas em 4 grupos: 1) Grupo C: exposto a salina no período neonatal; 2) Grupo L: exposto a leptina no período neonatal; 3) Grupo CAE: exposto a salina no período neonatal e ao ambiente enriquecido na adolescência (PN30 PN45); 4) Grupo LAE: exposto a leptina no período neonatal e ao ambiente enriquecido na adolescência. Avaliamos o perfil endócrino-metabólico e os comportamentos associados à ansiedade e à busca pela novidade através do labirinto em cruz elevado (LCE) e campo vazado (CV), respectivamente, antes e após a exposição ao ambiente enriquecido. Em relação aos níveis de ansiedade, foi observado inicialmente um efeito ansiolítico da leptina em PN21 e PN30 o qual foi perdido ao longo do desenvolvimento, e contraditoriamente resultou em maior ansiedade em PN150. Foi observado aumento da atividade exploratória em PN30 e PN150. Os prejuízos comportamentais na idade adulta foram acompanhados disfunções endócrino-metabólicas, como: hiperleptinemia, sobrepeso, resistência a leptina, hipertrigliceridemia, hipercorticosteronemia e aumento de T4 livre, os quais foram prevenidos pela exposição ao ambiente enriquecido durante a adolescência. Assim, evidenciamos que a exposição ao ambiente enriquecido por 15 dias no período da adolescência, se mostrou uma estratégia de tratamento não-farmacológica promissora na prevenção de alterações comportamentais e endócrino-metabólicas a longo prazo induzidas pela hiperleptinemia neonatal. |