Alterações neuro-comportamentais em ratos machos adultos em modelos de programação pela hiperleptinemia na lactação
Ano de defesa: | 2009 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12689 |
Resumo: | Existe uma grande associação entre alterações em parâmetros nutricionais, hormonais ou ambientais durante estágios iniciais da vida, particularmente durante os períodos gestacional e de lactação, e o surgimento de doenças crônicas na vida adulta tais como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, ansiedade e depressão. Neste trabalho, foram avaliados os efeitos cognitivo-comportamentais, em ratos Wistar adultos, da administração de leptina (8μg/100g, dia, sc) durante os primeiros 10 dias de lactação: 1) diretamente nos filhotes; 2) nas progenitoras. A memória e o aprendizado, os níveis de comportamento associados à ansiedade e à busca pela novidade foram avaliados em animais adultos através, respectivamente, dos seguintes testes comportamentais: labirinto aquático radial de 8 braços, labirinto em cruz elevado e campo vazado. No primeiro modelo (injeção nos filhotes), foram observados altos níveis de ansiedade e de busca por novos estímulos, enquanto que a memória e aprendizagem e atividade locomotora não foram afetados. No segundo modelo (injeção nas progenitoras), foram detectados redução dos níveis de ansiedade e melhora no desempenho associado à memória e ao aprendizado. Porém, não houve diferença nos níveis de busca por novos estímulos e no nível de atividade locomotora. Também são observadas diferenças em parâmetros somáticos, endócrinos e metabólicos entre modelos. O primeiro modelo resulta em hiperfagia, maior peso corporal por aumento de massa magra, hiperleptinemia, hipertireoidismo, hipertrigliceridemia, hiperinsulinemia e hipoadiponectinemia, hipertensão, aumento de catecolamina e de corticosterona, além de resistência hipotalâmica à leptina. O segundo modelo induz hiperfagia e maior peso corporal por acúmulo de gordura, hiperleptinemia, hiperglicemia, eutireoidismo, normoinsulinemia e resistência central à leptina. As seguintes possibilidades podem explicar as diferenças cognitivos-comportamentais observadas entre os modelos estudados: 1) diferentes perfis somáticos, endócrinos e metabólicos; 2) modificações na relação mãe-prole, já que a leptina injetada na mãe pode reduzir seu nível de ansiedade; 3) diferenças entre as vias de administração da leptina, já que sua transferência pelo leite pode causar alterações secundárias. |