Reinvenções Convocadas pelo Atendimento às Mulheres em Situação de Violência em uma Favela do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lancelotti, Eduardo Francisco Corrêa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14866
Resumo: A presente Dissertação busca fazer uma reflexão sobre os espaços de discussão e atendimento de mulheres em situação de violência doméstica e familiar e as práticas de acolhimento, das mais antigas às contemporâneas, em especial quando direcionadas às mulheres moradoras de favela, atravessadas por marcadores de diferença e desigualdade como a pobreza e a raça. Utilizei nessa pesquisa uma metodologia referenciada na análise institucional fazendo principalmente o uso da ferramenta análise de implicações, propondo negar qualquer universalidade ou neutralidade dessa pesquisa e nos feminismos que pensam as pluralidades e as interseccionalidades. Com essas lentes, fiz a leitura de um diário de campo que produzi durante dois anos de participação ativa no Centro de Referência de Mulheres da Maré Carminha Rosa - um lugar de acolhimento e atendimento de mulheres em situação de violência localizado no Complexo da Maré, favela da cidade do Rio de Janeiro -; assim como um diário de campo continuado, produzido ao longo da pesquisa a partir dos espaços de debate desse tema e do cotidiano da Universidade. A questão que se desenha a partir dos analisadores que surgem desse processo faz indagar quais são as reinvenções convocadas por essas práticas quando elas se endereçam a uma população que não é contemplada pelo sujeito universal da ciência hegemônica e que não é prioritária das políticas públicas e das soluções jurídicas tão populares nos dias de hoje, como a Lei Maria da Penha. As necessárias reinvenções passam por diversos temas, como masculinidades, racismo, território e segurança pública e formação profissional, buscando pistas para novos fazeres, para a reinvenção não como uma ação pontual, mas um método continuado