Interação de Streptococcus agalactiae com modelo murino de diabetes induzida: formação de biofilme, expressão de espécies reativas de oxigênio e de citocinas pró-inflamatórias
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23470 |
Resumo: | Streptococcus agalactiae, também conhecido como Estreptococos do Grupo B (EGB), são patógenos reconhecidos como causadores de infecções invasivas severas em mulheres grávidas e neonatos. Nos últimos anos, o número de adultos imunocomprometidos e idosos apresentando comorbidades causadas por S. agalactiae têm aumentado significativamente, tornando uma grande preocupação na clínica médica, especialmente em pacientes diabéticos. Indivíduos diabéticos apresentam maior susceptibilidade às infecções bacterianas e consequentemente ao desenvolvimento de doenças associadas como pneumonia e problemas cardiovasculares. De acordo com a literatura, existe uma correlação entre o S. agalactiae, diabetes e doenças pulmonares/cardíacas que ainda não foram bem elucidadas. Além de sua capacidade de aderir e invadir células hospedeiras causando distúrbios, alguns microrganismos Gram-positivos apresentam um sistema de secreção em resposta ao microambiente celular, sendo capazes de produzir maior virulência e evasão do sistema imune. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi compreender a ação de amostras hipervirulentas de S. agalactiae em resposta à infecção em modelo murino de diabetes induzida, o desencadeamento de doenças como sepse, pneumonia e endocardite, bem como a ação inflamatória do hospedeiro e a possível presença de um sistema de secreção atuando como potencializador da virulência em S. agalactiae. Neste trabalho, foram utilizados quatro modelos distintos de infecção, envolvendo camundongos CD-1 e C57Bl/6 e inoculados com diferentes amostras virulentas de S. agalactiae. Os tecidos obtidos foram submetidos à produção de lâminas histológicas, confirmando o potencial de lesão tecidual do S. agalactiae, além de contagem de unidades formadoras de colônias superior em diferentes órgãos nos animais diabéticos e quantificação da expressão de espécies reativas de oxigênio significativamente maior em animais diabéticos infectados. Além disso, marcadores celulares de células imunes foram analisados por citometria de fluxo e qPCR, demonstrando um elevado número de macrófagos. Citocinas pró-inflamatórias como IL-1β e proteína KC foram quantificadas e indicaram um ambiente hiper inflamado nos pulmões e corações desses animais. Após a construção da mutante para essC, foram realizadas interações em modelo murino que comprovaram a redução no potencial virulento quando o gene responsável pela ativação do sistema de secreção tipo 7 foi inativado. Desta forma, os resultados obtidos neste trabalho demonstraram que amostras hipervirulentas de S. agalactiae foram capazes de disseminar, desenvolver manifestações severas em múltiplos órgãos e promover um microambiente pró-inflamatório mais exacerbado em animais diabéticos infectados, potencializando a fragilidade e toxicidade celular já causada pela presença da diabetes. Além disso, a confirmação da presença do gene essC corroborou a atividade desse sistema de secreção como uma vantagem para evadir do sistema imune e sobreviver no hospedeiro por longos períodos de tempo. |