Avaliação de aspectos clínico-epidemiológicos e de patogenicidade de Streptococcus agalactiae isolados de gestantes e neonatos
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20621 |
Resumo: | O Streptococcus agalactiae (estreptococos de grupo B, EGB) é um microrganismo oportunista que compõe a microbiota anfibiôntica normal dos tratos gastrointestinal, bucal e reto/vaginal humano. S. agalactiae pode ascender até o útero em gestantes colonizadas, transpor a barreira placentária e ocasionar complicações podendo chegar até ao óbito neonatal. O monitoramento da mãe e filho no hospital/maternidade de origem é de extrema importância. Portanto, este estudo teve como objetivo principal a avaliação de aspectos clínico-epidemiológicos e de patogenicidade de S. agalactiae isolados de gestantes e neonatos atendidos na Maternidade Carmela Dutra (Rio de Janeiro, RJ). No período de janeiro de 2018 até fevereiro de 2020 foram coletadas 305 espécimes clínicos, sendo 225 (73,7%) espécimes clínicos (vaginais, retais, urina e secreção) oriundos de gestantes entre 34a-37a semanas de gestação e 80 (26,2%) espécimes clínicos (umbigo e orelha externa) de neonatos nascidos de 24 até 48h de nascimento, os quais foram submetidas à identificação por sorologia e pela técnica de MALD TOF. As 29 (9,5%) amostras isoladas de gestantes e 19 (6,2%) amostras de neonatos foram identificadas como pertencentes à espécie S. agalactiae, respectivamente. Os resultados do PCR multiplex mostraram que o tipo capsular Ia foi predominante em gestantes com 55% (n=16), seguido do tipo V com 20,6 % (n=6), II com 10,3% (n=3) e III com 14% (n=4). Em amostras neonatais houve a prevalência do tipo capsular V (n=9; 47%), seguido dos tipos Ia (n=4; 21%), III (n=2; 11%), II (n=2; 11%), VI (n=1; 5%) e VII (n=1; 5%). Dentre as comorbidades verificadas com maior frequência nas gestantes estudadas a hipertensão gestacional (24%), diabetes miellitus gestacional (17%) e infecções urinárias (17%) foram as que apresentaram maior taxa de intercorrência no parto. Além disso, o tipo capsular Ia foi identificado em amostras oriundas de gestantes com infecção urinária e diabetes mellitus gestacional, características de gestação de alto risco. Os tipos capsulares Ia e V tiveram uma maior prevalência em comorbidades quando comparados aos demais tipos capsulares. Gestantes com idade entre 29-36, seguidas de 21-28 anos de idade foram prevalentes com 28% e 17% das amostras bacterianas, respectivamente. Mães de cor parda (24%) e branca (17%) foram predominantes em relação às de cor preta (14%). Podemos observar também maior número de colonização por S. agalactiae em isolados oriundos de umbigo de recém natos. Esses resultados demonstram a importância de análise de gestantes colonizadas por S. agalactiae, incluindo neonatos de mães colonizadas que podem desenvolver infecções invasivas através da colonização umbilical e no ouvido externo durante o parto normal |