Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1987 |
Autor(a) principal: |
Mansur, Alfredo Jose |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-21072014-100754/
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Resumo: |
Foram estudados 300 episódios de endocardite infecciosa (EI) em 288 pacientes acompanhados no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de outubro de 1978 a agosto de 1986, com o intuito de avaliar a probabilidade de óbito e assim identificar os pacientes sob maior risco de evolução desfavorável. As idades dos pacientes variaram entre 0,2 a 78 (média de 30, desvio padrão de 16,06) anos, correspondentes a pacientes do sexo masculino em 185 (62%) episódios e feminino em 115 (38%). Procedeu-se a análise univariada (testes de qui quadrado e exato de Fischer, análise de variância) para se identificar variáveis cujas distribuições diferissem quanto a mortalidade, para em seguida realizar a análise multivariada com o emprego de regressão logística, a fim de estimar a probabilidade de óbito. Para isso, foi desenvolvido um modelo estatístico e aplicado a casuística e, a casos hipotéticos, para o estudo conceitual. Não houve diferença de distribuição significativa quanto a mortalidade em relação a idade, sexo, tempo decorrido entre o início dos sintomas e a hospitalização, presença de antecedente de manipulação possível de induzir a bacteriemia, informação de lesão cutânea na história clínica, uso prévio de antimicrobiano, presença de petéquias, esplenomegalia, dimensão da área cardíaca na radiografia de tórax, presença de vegetação no ecocardiograma, duração da antibioticoterapia pre-operatória, portadores de aneurisma micótico, embolia arterial sistêmica, infecção em câmaras cardíacas direitas em relação à infecção de câmaras cardíacas esquerdas, infecção em prótese valvar antes ou depois de quatro meses de seu implante, infecção em prótese aórtica em relação à infecção de prótese mitral, prótese única em relação à dupla prótese, velocidade de eritrossedimentação, taxa de hemoglobina no sangue, taxas de gamaglobulina e creatinina séricas. Houve diferença significativa quanto à mortalidade considerando-se o estado cardíaco anterior à EI, a localização da EI, os agentes etiológicos, a alteração no exame do fundo de olho, o número de complicações, a taxa de mucoproteína e albumina séricas e a taxa de leucócitos do sangue, os portadores de infecção em prótese valvar em relação à infecção em estrutura natural. Na análise multivariada foram empregados o estado cardíaco anterior à EI (portadores de valvopatia, de prótese valvar cardíaca, de cardiopatias congênitas, e pacientes sem evidência de cardiopatia prévia), o agente etiológico [estreptococos, Staphylococcus aureus, outras bactérias (incluindo-se as bactérias gram-negativas, gram-positivas excetuando-se os estreptococos e os estafilococos, e os Staphylococcus epidermis) e os portadores de EI com hemoculturas negativas], a presença ou ausência de complicações e as taxas de leucócitos do sangue, de mucoproteína e de albumina séricas. O modelo estatístico desenvolvido, que incorporou informações do estado cardíaco anterior à EI, do agente etiológico, das complicações e da taxa de leucócitos do sangue, era aplicável a 229 episódios e permitiu prever adequadamente 158 entre 173 evoluções de pacientes que receberam alta hospitalar e 27 entre 56 evoluções de enfermos que faleceram; estimar como alta hospitalar 29 pacientes que faleceram e como óbito 15 pacientes que receberam alta hospitalar, classificando corretamente 185 dos 229 episódios. Aplicado a pacientes hipotéticos dos diferentes subgrupos considerados na análise o modelo demonstra, com base em nossa experiência, que a probabilidade de óbito será maior nos portadores de prótese valvar cardíaca, endocardite por microorganismos agrupados como \"outras bactérias\" (bactérias gram-negativas, Staphylococcus epidermidis, e outras bactérias gram positivas excetuando-se estafilococos e estreptococos) e por Staphylococcus aureus, na presença de complicações. À presença de complicações foi a variável que exerceu maior influência na probabilidade de óbito; a sua ausência minimiza sobremaneira essa probabilidade qualquer que seja o estado cardíaco anterior à EI e o agente etiológico. Nossos dados permitem sugerir que considerando de modo simultâneo e conjunto o estado cardíaco anterior à EI, o agente etiológico, a presença ou ausência de complicações e a taxa de leucócitos do sangue contribuem na avaliação prognóstica em portadores de EI. Entre essas variáveis, a participação da presença de complicações e a mais ressaltada. Na ausência de complicações a probabilidade de óbito reduz-se acentuadamente. |