O lugar do não lugar: corpos dissonantes no esporte olímpico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mattos, Luciana Botelho Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23454
Resumo: Esta tese tem como objetivo verificar a consonância entre o ponto de vista de atletas afetadas por políticas de gênero e a argumentação que embasa as determinações que alicerçam a participação de atletas em dissonância de gênero em competições esportivas de alto rendimento e olímpicas, a partir das diretrizes propostas pelo COI em 2021 com o Quadro sobre Justiça, Inclusão e Não Discriminação com Base na Identidade de Género e Variações de Sexo e as consequentes alterações de critérios e posturas das FIs. Através de um estudo exploratório sobre atletas afetadas com políticas de gênero no esporte com o propósito de ouvir suas vozes sobre um tema delicado e pouco estudado. Procurou-se adotar uma abordagem metodológica cuidadosa, devido à natureza sensível do tema, que priorizou o respeito à privacidade e à autonomia das participantes. Inicialmente, optou-se pela técnica de grupos focais, que permitiria ouvir diferentes pontos de vista de modo coletivo. Além disso, formam planejadas entrevistas em semi profundidade com atletas cuja trajetória envolvesse variação de sexo. Contudo, foi enfrentada resistência significativa das atletas em participar diretamente da pesquisa, o que levou a um ajuste na abordagem, passando-se a incluir fontes secundárias, como entrevistas e depoimentos veiculados na mídia, especificamente em plataformas como YouTube, Google e Globoplay, respeitando os termos de uso dessas fontes. A pesquisa foi estruturada em três fases: na primeira, foi realizada uma análise documental de informações disponíveis publicamente sobre atletas dissonantes de gênero; na segunda, entrevistas individuais com as atletas dissonantes que aceitaram participar; e, na terceira, foi realizada entrevista com grupos focais de atletas cujas identidades de gênero não foram questionadas, denominadas consonantes, segmentadas por esporte coletivo e individual. Conseguindo assim, reunir um conjunto diversificado de dados e vozes, que permitiu enriquecer a análise e responder ao objetivo do estudo, apesar das limitações impostas pela resistência ao contato direto com as atletas. Os resultados revelaram uma diversidade de posicionamentos entre as atletas, refletindo uma gama de experiências pessoais e contextos esportivos distintos.